Breaking News:Dangerous Delays: What Washington State (Re)Teaches Us About Cash and Cannabis Store Robberies [REPORT]

Drug War Chronicle

comprehensive coverage of the War on Drugs since 1997

Europa: Governo Italiano Aprova Derivados da Maconha para o Controle da Dor

O gabinete italiano aprovou na quinta-feira o uso de derivados da maconha, como o spray sublingual Sativex, no alívio da dor, informou a agência alemã Deutsche Presse Agentur. A ação reverte a política antidrogas imposta pólo governo anterior do ex-Primeiro Ministro Silvio Berlusconi, que foi derrotado pelo atual Primeiro Ministro Romano Prodi no início deste ano.

“Estamos falando da terapia de alívio da dor. Isto não tem nada a ver com fumar baseados”, disse a Ministra da Saúde, Livia Turco, aos repórteres depois do encerramento da reunião do gabinete na qual a decisão foi tomada. “Estas drogas já estão em uso no Canadá, na Suíça e na Holanda”, acrescentou.

Apesar de o governo Prodi ter prometido relaxar as penas endurecidas para delitos de drogas promulgadas pelo governo Berlusconi, essa ação não tem nada a ver com aquilo, disse Turco. “Se alguém falar em cannabis, então todo mundo fica alvoroçado. Estamos falando de terapias contra a dor”.

Condenação: Suprema Corte da Luisiana Ouve Casos de Condenados à Prisão Perpétua por Heroína

Em meio à histeria da guerra às drogas dos anos 1970, os legisladores da Luisiana aprovaram uma lei que ordena pena de prisão perpétua sem condicional para as pessoas condenadas por venderem heroína. Em 2001, a assembléia agiu para emendar essa lei duríssima, corrigindo-a para que as sentenças por distribuição de heroína fossem de cinco a 50 anos de prisão. Essa lei de 2001 também estabeleceu um processo de “revisão de risco” para a soltura precoce dos presos condenados de acordo com as antigas leis severas. Em 2003, a assembléia incluiu especificamente os condenados à prisão perpétua por heroína no grupo de condenados que pode buscar reparação através do processo de revisões, e, em 2005, corrigiu a lei para permitir que os presos busquem uma revisão após cumprirem sete anos de suas sentenças.

Mais de 90 heroin lifers continuam atrás das grades, muitos deles idosos após terem passado os anos 1970, 1980 e 1990 e metade da primeira década do século atrás das grades.

No ano passado, os juízes de julgamento nas paróquias de Orleans e de St. Tammany, frustrados com o passo glacial no qual as revisões estavam sucedendo, abaixaram as sentenças de um par de heroin lifers e ordenaram a soltura imediata deles. O estado da Luisiana recorreu da decisão e, nesta semana, a Suprema Corte ouviu os argumentos orais no caso.

Na terça-feira, os promotores discutiram que os heroin lifers devem passar por um processo árduo e longo de revisão que seja controlado pelo Departamento de Correções para procurarem a redução de sentença e liberdade que ela poderia proporcionar. Os juízes de julgamento que ordenaram a soltura dos presos excederam a jurisdição deles, disse Graham Bosworth da promotoria de Nova Orleans.

Mas, os advogados que representam os heroin lifers debateram que as recentes mudanças legislativas tornaram as sentenças antigas patentemente ilegais e que os juízes têm a autoridade de recondenar aqueles presos. “Temos que confiar nas pessoas que temos nas bancas dos tribunais para exercerem a jurisdição delas com sabedoria”, disse o advogado Dwight Doskey.

Os dois homens cujos casos estão sob recurso são Melvin Smith, que foi condenado em 1977 e recebeu recentemente a ordem de liberação do Juiz da Vara Distrital Criminal de Orleans, Calvin Johnson, que o recondenara a 28 anos – essencialmente, o tempo cumprido; e Wesley Dick, que foi condenado a prisão perpétua em 2001 pouco antes da mudança na lei. A Juíza Distrital Patricia Hedges o soltou em Julho após reduzir a sua sentença para 10 anos.

Em um sinal de rancor da promotoria, o Promotor da Paróquia de Orleans, Eddie Jordan, impediu a soltura de Smith. O idoso Smith continua em cadeira de rodas na Casa de Detenção da Paróquia de Orleans até a decisão da Suprema Corte que decidirá o destino dele.

Reides Antidrogas: Juiz do Michigan Decide que as Detenções do Reide à Rave de Flint São Inconstitucionais

Em Março de 2005, a polícia em Flint, Michigan irrompeu no Club What’s Next nas últimas horas da noite da sexta após testemunhar vários exemplos de vendas de drogas em ou perto da danceteria e fumo de maconha dentro do local, que estava realizando uma rave. Apesar de a polícia ter encontrado drogas ou apetrechos com apenas 23 pessoas (apesar das revistas corporais), eles prenderam as 117 pessoas presentes na cena. As restantes 94 pessoas foram acusadas de “freqüentarem uma bocada de drogas”, uma contravenção.

https://stopthedrugwar.org/files/utahraveraid.jpg
reide à rave de 2005 em Utah (cortesia do CMI Portland)
Na sexta-feira passada, um juiz da Corte do Circuito de Genesee anulou aquelas detenções, sustentando que a polícia de Flint infringira os direitos constitucionais dos freqüentadores. Em sua decisão, o Juiz Joseph Farah sustentou que a polícia não tinha provável delito para deter as pessoas meramente por estarem na danceteria.

“A Corte Distrital errou ao encontrar delito provável para deter aqueles réus”, escreveu Farah em sua decisão. “Permitir que as detenções destes 94 réus continuassem seria permitir o tratamento conjunto de pessoas que tinham estado na danceteria durante cinco minutos ou cinco horas, pessoas que não pararam de dançar com aqueles que estavam próximos a uma transação de drogas, pessoas que estavam sentadas em uma mesa voltada para a parede com aqueles metidos em injúrias e acusar aqueles indivíduos presentes com consciência e conhecimento iguais das más ações”.

A ACLU do Michigan, que representou as 94 pessoas presas por estarem presentes, saudou a decisão com prazer. “O decreto-lei sob o qual as detenções foram feitas existe para proteger os cidadãos de Flint de bocadas de drogas reais. Nunca teve a intenção de ser usado aleatoriamente pela polícia contra cidadãos obedientes à lei que vão a danceterias para ouvir música e socializar”, disse a diretora executiva da ACLU Michigan, Kary Moss, em declaração emitida no mesmo dia. “O parecer do Juiz Joseph Farah vindica os direitos constitucionais dos nossos clientes e manda um recado forte às polícias de todos o país”.

“O parecer do Juiz Farah conclui corretamente que a polícia não tinha que se meter a prender nenhum deles”, disse Ken Mogill, advogado da ACLU Michigan que debateu o caso com Elizabeth Jacobs. “É uma vitória gratificante para cada um dos indivíduos obedientes e equivocadamente presos e para o império da lei na nossa comunidade”.

Redução de Danos: Projetos de Troca e Acesso a Seringas de Nova Jérsei Avançam

Um projeto que permitiria que até seis municipalidades de Nova Jérsei estabelecessem programas de troca de seringas e um projeto acompanhante que permitiria a venda sem prescrição de até 10 seringas em farmácias foram aprovados pelo Comitê de Saúde e Cidadãos Idosos da Assembléia na quinta-feira. Após mais de uma década de esforços para conseguir legislação que permitisse aos usuários o acesso mais fácil a seringas esterilizadas, agora parece que os projetos têm ímpeto.

Os políticos de Nova Jérsei começaram a defender os projetos. Antes dos depoimentos no comitê na quinta-feira, o Presidente Herb Conaway (D-Burlington) disse francamente, “Este projeto vai ser aprovado”. O Presidente da Assembléia Joseph Roberts e o Governador Jon Corzine declararam publicamente que pretendem legalizar a troca de seringas o mais rápido possível.

Durante os depoimentos, o epidemiologista do estado, Eddy Bresnitz, disse aos legisladores que eles precisavam agir já. “Não deveríamos nos atrasar mais em colocarmos ferramentas salvadoras de vidas como os programas de troca de seringas nas mãos de comunidades desesperadas para deter a transmissão de doenças transmissíveis pelo sangue, como o HIV e a AIDS”, disse. “Os programas de troca de seringas não só impedem a transmissão de tais doenças, mas também ajudam os dependentes a entrarem no tratamento”.

A Drug Policy Alliance de Nova Jérsei esteve fazendo pressão a favor dos projetos durante anos. “Estamos incrivelmente agradecidos por tantos votos de apoio de parte dos integrantes do comitê”, disse Roseanne Scotti da DPA à Associated Press depois da votação.

Imposição da Lei: As Estórias de Policiais Corruptos Desta Semana

Ocupados, muito ocupados. Juízes consumindo cocaína, policiais traficando cocaína, policiais vendendo êxtase, pilotos da Força Aérea contrabandeando êxtase, químicos da polícia roubando da pilha de provas – e, claro, agentes penitenciários contrabandeando drogas para as prisões. Vamos ao que interessa:

Em Las Cruces, Novo México, a Comissão de Padrões Judiciais do estado entrou com uma petição na sexta-feira passada procurando a remoção de um magistrado da Comarca de Dona Ana com base em seus exames positivos por cocaína, de acordo com a Associated Press. O Magistrado Carlos Garza, 42, negou usar drogas e prometeu combater a ação. Garza foi suspenso pela comissão desde o dia 20 de Setembro, quando não obedeceu à ordem da comissão de se submeter a um exame toxicológico. De acordo com a comissão, desde então ele não passou por outro exame. A comissão também acusou Garza de tentar pressionar um agente de Mesilla durante uma batida de trânsito na qual o juiz estava em um carro com uma mulher “com a qual ele tinha uma relação pessoal” e pressionar o escrivão municipal a deixar limpa a carteira de motorista da mulher antes do tempo em um caso de condução em estado de embriaguez. Ele foi posto em liberdade vigiada pela Comissão de Padrões Judiciais no início deste ano nesse caso e ele disse que a acusação de ter usado cocaína era a continuação da vingança da comissão contra ele. Ele disse que os metabolitos de cocaína encontrados no organismo dele podem ter sido recebidos através de “exposição passiva”. Garza disputa a reeleição sem opositores nas eleições do mês que vem.

[N.E.: Incluir ou não o mero porte ou o simples consumo de drogas de parte do pessoal da justiça criminal entre os exemplos de corrupção é um dilema que a Crônica da Guerra Contra as Drogas enfrenta rotineiramente. Até agora, optamos por inclui-los, porque um juiz que consome drogas ilegais também pode ser um juiz que preside julgamentos e pronuncia sentenças contra outros usuários de drogas que fizeram a mesmíssima coisa (hipocrisia); e porque o juiz está infringindo uma lei que ele jurou cumprir (não obstante seja uma lei da qual discordamos). Mas, é preciso lembrar que há uma diferença entre o consumo de drogas por policiais ou juízes e o lucro com o tráfico de drogas ou outros exemplos de improbidade oficial.]

Em Durham, Carolina do Norte, um xerife-adjunto da Comarca de Durham foi preso em um reide antidrogas a um bar local e outros dois adjuntos foram despedidos por trabalharem como seguranças ali. O Adjunto Michael Owens, o dono do bar sitiado, foi acusado junto com quatro outros por traficar cocaína e conspirar para traficar cocaína e ele pode receber outra acusação de manter um prédio para fins de distribuição de cocaína. Os adjuntos Brad King e Keith Dotson, que trabalhavam nas horas vagas como seguranças para o clube, foram suspensos na mesma noite, informou o Durham Herald Sun e demitidos no início desta semana. As autoridades informaram confiscar 42g de cocaína durante o reide.

Em Biloxi, Mississippi, um ex-agente da polícia de Biloxi se confessou culpado na sexta-feira passada de vender êxtase, informou o Biloxi Sun Herald. Darrell Cvitanovich, que se demitiu da força após a sua detenção, pode pegar até 30 anos de prisão depois de admitir que vendeu quatro comprimidos de êxtase a um amigo. Cvitanovich, que é filho de um ex-delegado da polícia de Biloxi, foi preso em Junho de 2005 após uma investigação das alegações de que estava envolvido em atividades relacionadas com as drogas. Durante a busca da casa dele, a polícia encontrou 11 comprimidos de êxtase e uma pequena quantidade de metanfetamina. Ele foi acusado de porte de substância controlada com intenção de venda e transferência de substância controlada, mas, na semana passada, se confessou culpado apenas da acusação de vendas. Cvinatovich está livre sob fiança de $50.000 até a condenação.

Na Cidade de Nova Iorque, um piloto da Guarda Aérea Nacional dos EUA que levou um jato à Alemanha e voltou com 200.000 comprimidos de êxtase foi condenado na sexta passada a 17 anos e meio de prisão. O Capitão Franklin Rodríguez, 36, e seu cúmplice, o Sargento John Fong, 37, tinham se confessado culpados em tribunal federal após serem pegos pelo vôo de Abril de 2005. Fong aguarda condenação. O par caiu depois que os agentes federais viram Fong colocar 28 bolsas em uma BMW sedan e as acharam cheias de comprimidos de êxtase, de acordo com a Associated Press. Os procuradores disseram que Rodríguez transportara drogas várias vezes em vôos militares, trazendo centenas de milhares de comprimidos de êxtase aos EUA. Os federais encontraram mais de $700.000 em espécie no apartamento dele. Agora, eles os têm.

Na Filadélfia, uma ex-química civil da Polícia da Filadélfia foi presa no dia 11 de Outubro sob acusações de ter roubado drogas para consumo próprio, informou a Associated Press. Colleen Brubaker, 30, caiu sob suspeição em Abril e pediu demissão em Maio. Agora, as autoridades a acusam de pegar analgésicos opiáceos como Oxycontin, Percocet e Vicodin para fomentar o vício dela. Ela é acusada de porte de drogas, roubo, receptação, adulteração de provas, obstrução, adulteração de registros ou informações públicas e adulteração ou fabricação de provas físicas. Já que Brubaker era a química responsável por centenas de casos de drogas, os defensores públicos agora consideram a possibilidade de que alguns deles possam ter que ser retirados.

Em Stillwater, Oklahoma, um xerife-adjunto da Comarca de Payne foi suspenso sem direito a remuneração durante uma investigação da Agência de Controle de Narcóticos e Drogas Perigosas de Oklahoma, informou a Associated Press. Os funcionários municipais não querem falar sobre o que o Adjunto Brooke Buchanan, com 13 anos de serviços prestados ao departamento, é acusado de fazer, mas confirmam sim que um promotor especial foi nomeado para a investigação. A averiguação pode levar várias semanas até que qualquer acusação seja feita.

Em Lubbock, Texas, uma agente penitenciária da Comarca de Lubbock foi presa no domingo à noite enquanto chegava ao trabalho levando maconha, informou a KLBK-CBS 13 TV em Lubbock. Renata Hernández, 26, é acusada de introduzir uma substância proibida em uma instalação correcional. Ela pode pegar entre dois e dez anos de prisão. Embora os porta-vozes da polícia dissessem que achavam que ela estava trazendo a erva à cadeia para vendê-la, ainda não conseguiram provar isso.

Oferta de Vídeo: Waiting to Inhale

Caro leitor da Crônica da Guerra Contra as Drogas:

Muitos entusiastas da reforma das políticas de drogas leram há duas semanas sobre o nosso novo blog acerca de um novo documentário, Waiting to Inhale: Marijuana, Medicine and the Law [Esperando para Inalar: A Maconha, a Medicina e a Ley], e um debate emocionante aqui em Washington entre dois dos meus colegas e um representante da secretaria antidrogas dos EUA aconteceu depois da exibição do filme. Tenho o prazer de anunciar que a DRCNet está lhe disponibilizando este filme como o nosso mais recente prêmio de filiação – doe $30 ou mais à DRCNet e você pode receber uma cópia de Waiting to Inhale como nosso agradecimento pelo seu apoio.

https://stopthedrugwar.org/files/waitingtoinhale-small.jpg
Soube de Waiting to Inhale durante alguns anos e estou muito feliz por vê-lo divulgado e causando repercussões. As pessoas que aparecem no filme – os fornecedores de maconha medicinal Mike e Valerie Corral e Jeff Jones, a porta-voz dos pacientes Yvonne Westbrook, o cientista Don Abrams – são heróis cujas estórias merecem ser contadas e cujas entrevistas neste filme deveriam ser exibidas em todo o redor. Você pode ajudar ao pedir uma cópia e fazer uma exibição privada no seu lar! Ou você e seus amigos ativistas podem simplesmente assisti-lo em casa como inspiração. (Clique aqui para maiores informações, inclusive um trailer na Internet.)

A sua doação ajudará a DRCNet enquanto fazemos o que achamos que será um plano incrível de dois anos para avançar consideravelmente a reforma das políticas de drogas e a causa de acabar com a proibição globalmente e nos EUA. Por favor, faça uma doação generosa hoje mesmo para ajudar a causa! Eu sei que você sentirá que o dinheiro foi bem gasto depois de ver o que a DRCNet está preparando. O nosso formulário de doação eletrônica permite doar por cartão de crédito, por PayPal ou imprimir um formulário para enviar juntamente com o seu cheque ou ordem de pagamento por correio. Por favor, note que as contribuições à Rede Coordenadora da Reforma das Políticas de Drogas ou Drug Reform Coordination Network, a nossa entidade de pressão política, não são dedutíveis do imposto de renda. As doações dedutíveis podem ser feitas para a Fundação DRCNet, a nossa ala de conscientização. (Escolher um presente como Waiting to Inhale reduzirá a parte de sua doação que pode deduzir pelo custo do artigo.) Ambos os grupos recebem cartas dos membros no seguinte endereço: DRCNet, P.O. Box 18402, Washington, DC 20036.

Obrigado pelo seu apoio. Se você não viu a nossa nova página, espero que tenha um momento para fazer isso – está muito bom, se me for permitido dizê-lo. :)

Cuide-se bem e espero ter notícias suas.

Sinceramente,


David Borden
Diretor Executivo

Resenha de Vídeo da DRCNet: "Waiting to Inhale: Marijuana, Medicine, and the Law”, Produzido e Dirigido por Jed Riffe

De um punhado de pacientes federalmente aprovados no fim dos anos 1970 e 1980, o movimento estadunidense pró-maconha medicinal cresceu a passos de gigante, com dezenas de milhares de pessoas em uma dúzia de estados agora oficialmente registradas como usuárias de maconha medicinal. Não se sabe quantas pessoas nos 38 estados restantes em que ela ainda é ilegal estão fumando maconha para o alívio da dor, a indução do apetite, a redução da náusea associada com a quimioterapia, o tratamento de glaucoma, a redução dos tremores e os espasmos associados com a esclerose múltipla ou uma lista crescente de doenças ajudadas por uma tragada ou uma mordida de um bolo feito com maconha.

https://stopthedrugwar.org/files/inhaleposter.jpg
Enquanto as investigações acadêmicas e científicas dos usos medicinais da maconha ganham ímpeto, a lista de suas aplicações parece crescer cada vez mais. Dentro das últimas semanas, os pesquisadores informaram que a maconha pode ajudar a prevenir o princípio do mal de Alzheimer.

Mas, a resistência à maconha medicinal continua forte. O governo federal – especialmente as suas burocracias antidrogas, a DEA e o Gabinete de Política Nacional de Controle das Drogas – é inalteravelmente contrário ao seu uso, enquanto que os grupos antidrogas compostos por pais temem que permitir o uso medicinal de maconha “enviará o recado errado” aos filhos deles. Para os demais inimigos, a maconha medicinal é simplesmente mais uma frente na guerra cultural contra os hippies e liberais que esteve acontecendo durante quatro décadas.

Em pouco mais de uma hora, “Waiting to Inhale”, o vídeo recém-lançado pelo documentarista Jed Riffe conta a história da batalha pela erva curadora. Embora decididamente tenha simpatia pela maconha medicinal, o vídeo também se dá ao trabalho de apresentar a outra versão da história.

Ouvimos o porta-voz do ONDCP, David Murray, retratando uma conspiração sombria para legalizar as drogas. “Quem faz pressão por isto e por que se está fazendo pressão?” pergunta. “A pauta é bem financiada e motivada a retirar as barreiras entre eles e a droga que eles gostam ou na qual estão viciados”. Depois, Murray chama a maconha medicinal de “fraude”.

Similarmente, e com mais realismo, o porta-voz da DEA em São Francisco, Richard Meyer, adverte que “alguns traficantes estão usando [a lei de maconha medicinal da Califórnia] a Prop. 215 como cortina de fumaça”.

Riffe também dá espaço ao movimento dos pais antidrogas, com entrevistas com a lendária defensora da guerra às drogas, Sue Rusche, que explica que, há anos, uma viagem a uma loja de discos com os filhos dela em que eles foram expostos a um mostruário de narguilés, cachimbos e outros apetrechos relacionados com a maconha a fez tomar o curso do ativismo. Riffe mostra um movimento antidrogas dos pais que, embora ainda pareça hediondamente agressivo aos reformadores das políticas de drogas, mostra sinais de moderação e sofisticação. Em uma cena, Rusche expressa a antiga cantilena sobre “as drogas iniciais”, mas diz que elas incluem “o tabaco, o álcool e a maconha”. Em outra cena, os membros de um grupo de pais conversam sobre dar informação honesta – e não só assustar as crianças.

Embora o movimento antidrogas dos pais – bastião fundamental de apoio à guerra renovada contra as drogas da era Reagan em diante – possa estar se adaptando à adversidade, também está sendo mudado de dentro. Riffe entrevista o conselheiro da juventude do Novo México, Miguel Santesteban, que está trabalhando com o grupo antidrogas Parents United, e ele tem coisas surpreendentes a dizer. “Talvez quando se trate da maconha”, disse, “a melhor mensagem para eles seja a de que há um contexto responsável para o consumo”. Santesteban não parecia muito impressionado com os esforços antidrogas federais, dizendo, “Se eu fosse um secretário antidrogas, daria metade do meu orçamento às escolas públicas” e “Esta coisa de mandar o recado errado é besteira”.

Mas, apesar do tempo dado ao lado contrário, está claro que o interesse e o coração de Riffe estão com os pacientes de maconha medicinal e a luta deles pelo acesso seguro ao seu remédio. O vídeo começa com Mike e Valerie Corral, os fundadores da cooperativa Wo/Men's Alliance for Medical Marijuana (WAMM) nas redondezas de Santa Cruz, recontando como a DEA os sitiou a ponto de bala em 2002, daí passa a palavra a Irv Rosenfeld, “Paciente #1” no programa de acesso compassivo do governo federal, o qual permitia que um número diminuto de pacientes fumasse a erva produzida federalmente até que o Presidente Bush Pai acabou com ele em 1992. Rosenfeld e sete outros foram os avós e Rosenfeld, um corretor da bolsa da Flórida, fuma 10 baseados de erva federal por dia em um esforço quase bem-sucedido de se defender da dor decorrente de uma doença óssea crônica.

Riffe também inclui na mescla os médicos e pesquisadores que renovaram a ciência da maconha medicinal após meio século de lacunas criadas pela proibição da maconha. Riffe entrevista Raphael Mechoulam, o pesquisador israelense que isolou o THC, o qual explica que a maconha tem uma história medicinal de milhares de anos, e também entrevista o Dr. Lester Grinspoon, um dos primeiros defensores acadêmicos da maconha medicinal nos EUA.

Depois da proibição da maconha, explica Grinspoon, “os médicos ignoraram a cannabis” em razão da propaganda Loucura do Baseado do diretor da Agência Federal de Narcóticos, Harry Anslinger, contra ela. Com médicos desavisados regurgitando as afirmações dos guerreiros antidrogas sobre a erva do mal, “os médicos não só viraram as vítimas, mas também os agentes eficazes da propaganda”.

Enquanto Irv Rosenfeld e Robert Randall (“Paciente #0”) no programa federal de acesso compassivo estavam fumando a erva federal deles nos anos 1980, a epidemia de AIDS estava começando a mostrar a sua cara feia, especialmente em São Francisco, e Riffe mostra com muita habilidade como o que fora um movimento pelos direitos dos homossexuais se transformou em um movimento pelos direitos dos pacientes de AIDS e daí virou mais uma corrente no movimento pró-maconha medicinal que crescia rapidamente.

Riffe conversa com mais pessoas – paciente, médicos, investigadores, políticos – que tenho espaço para mencionar e "Waiting to Inhale" é excelente em reunir as diferentes correntes que formam a história da maconha medicinal. Por mais que seja um elogio das maravilhas da maconha medicinal, "Waiting to Inhale" consegue contar a história complexa e complicada de um movimento de massas, de uma jornada científica e de uma batalha política corrente, e faz isso de maneira envolvente e tocante. Para os curiosos sobre os contornos da questão da maconha medicinal, "Waiting to Inhale" é um recurso valioso e notavelmente assistível.

“Waiting to Inhale” é o mais recente prêmio de filiação da DRCNet - clique aqui para pedi-lo!

Clique aqui para a página oficial do documentário, inclusive um trailer e a lista das próximas exibições.

Matéria: Importantes Reformadores das Políticas de Drogas São Candidatos a Cargos Estaduais em Connecticut e Maryland

Dois dos reformadores das políticas de drogas mais conhecidos estão nas eleições de Novembro e embora, exceto por um milagre, eles não tenham chance nenhuma de vencer, ambos estão levando a mensagem da reforma das políticas de drogas a novos públicos e, com sorte, estão conseguindo um novo apoio ao desmantelamento da proibição das drogas. Em Connecticut, Cliff Thornton, diretor do grupo de reforma Efficacy está concorrendo como indicado do Partido Verde ao governo do estado. Em Maryland, Kevin Zeese da NORML e da primeira Drug Policy Foundation (antecessora da Drug Policy Alliance), fama e presidente do Common Sense for Drug Policy está concorrendo ao Senado dos EUA como candidato de “unidade” como indicado dos partidos Verde, Libertariano e Populista. (No Alabama, a ativista pró-reforma das políticas de drogas Loretta Nall conseguiu a indicação do Partido Libertariano ao governo, mas não podendo superar os requerimentos classificatórios onerosos para partidos terceiros, foi reduzida a fazer uma campanha por correspondência.)

https://stopthedrugwar.org/files/cliffthornton.jpg
Cliff Thornton em campanha
Em Connecticut, Thornton enfrenta o desafiante democrata, John DeStefano, e a titular republicana, a Governadora Jodi Rell, que, de acordo com as últimas pesquisas conseguirá a vitória com uma margem superior a 20 pontos percentuais. Apesar de Thornton não ter sido incluído nas pesquisas e ter sido excluído do debate de televisão da quarta á noite – ele conseguiu sim publicar um anúncio de campanha justo antes do debate -, ele disse à Crônica da Guerra Contra as Drogas que a sua campanha esteve abrindo um novo espaço para a reforma das políticas de drogas em Connecticut.

“Estamos causando impacto”, disse. “Tem havido cerca de 175 tiroteios e matanças aqui nos últimos três meses e falo sobre o porquê. É principalmente por isso que Reel e DeStefano não me querem nos debates – eles não querem defender uma política fracassada de drogas”.

Podem não querer conversar sobre as políticas de drogas, mas para Thornton essa é a peça central da campanha dele. “Nem sempre começo com as questões das drogas, mas todos querem saber delas. Todos as entendem”, disse Thornton. “Reel e DeStefano estão mantendo distância do problema, apesar de os empregados deles falarem sobre isso às vezes”.

O ano de trabalho de Thornton nas trincheiras da reforma das políticas de drogas em Connecticut e em todo o país o tornou uma quantidade conhecida nos círculos políticos e midiáticos locais e a disputa ao governo deste ano tem dado muito que falar a artigos sobre Thornton e a questão das drogas. Agora, o problema está ganhando ainda mais visibilidade em Connecticut graças à Law Enforcement Against Prohibition, que atualmente está em turnê oratória em todo o estado. Embora a LEAP não faça campanha em prol de candidatos, a oportunidade da campanha de Thornton está jogando lenha na fogueira dos seus esforços em Connecticut. O grupo já teve umas 70 palestras ou entrevistas com a mídia durante a sua operação atual, com mais alguns agendados.

“É difícil medir o impacto da LEAP”, disse Thornton, “mas é muito poderoso”.

Com apenas algumas semanas restantes na campanha, Thornton está a todo vapor. “Temos uma agenda lotada entre agora e o dia das eleições”, disse. “Eles não nos querem nos debates, não nos querem nas pesquisas, mas não podemos impedir a divulgação da nossa mensagem, e, nesse sentido, já vencemos”.

Embora em Connecticut, um voto em Thornton em vez de Rell ou DeStefano provavelmente não cause impacto nenhuma na suposta vitória de Rell, as coisas não são assim na disputa de Maryland ao Senado dos EUA. Nessa cadeira aberta, o democrata Ben Cardin está em uma disputa acirrada com o republicano Michael Steele. De acordo com as últimas pesquisas, Cardin tem uma ligeira vantagem, mas pelo menos uma pesquisa mostra empate técnico, com cada candidato recebendo 46% dos votos e Zeese recebendo 3%. Em Maryland, a campanha de Zeese pode ser o verdadeiro desempate, ou como Zeese prefere chamá-lo, “competição”.

Zeese já teve algumas realizações notáveis. Ele conseguiu forjar uma aliança com a sua candidatura Verde-Libertariana-Populista e virou o primeiro candidato de terceiro partido em Maryland a conseguir uma cadeira nos debates do Senado. Já que ele carece de fundos de campanha para empreender uma campanha publicitária completa, os debates serão críticos para o sucesso da campanha de Zeese.

“Tive que passar obstáculos para entrar nos debates – pode haver até seis deles – e isso é o fundamental para toda a campanha. Temos que ser ouvidos e vistos e isto ajudará a fazer que a mídia reconheça a minha candidatura”, disse Zeese à Crônica. “Acho que os meus números nas pesquisas subirão consideravelmente assim que os debates começarem porque as pessoas ouvirão a minha mensagem”.

É-lhe difícil ser ouvido agora. “A campanha de Zeese é invisível”, disse o professor de governo da Universidade de Maryland, Paul Hernson. “Ele não tem recebido muita cobertura”.

Mas, disse Hernson, com a disputa tão apertada como está, Zeese pode causar impacto. “Se esta disputa resultar muito acirrada, é possível que um candidato de partido menor como Zeese possa ser o elemento de desempate”, disse ele à Crônica.

Zeese pode se beneficiar com a política racial enrolada desta contenda. O democrata Cardin é branco e está tentando apelar à base democrata negra dele, que ainda está mordida pela vitória de Cardin sobre Kweisi Mfume nas primárias, enquanto que o republicano Steele é negro e está tentando apelar aos conservadores brancos enquanto recebe o apoio de alguns eleitores democratas negros.

Zeese está tirando vantagem da questão das políticas de drogas onde puder. “No debate da Urban League, na minha apresentação falei sobre a necessidade de tratamento, não da reclusão, e falei sobre a população prisional”, relatou. “Quando alguém me fez uma pergunta sobre se os afro-americanos deveriam apoiar os democratas, falei sobre o fato de Maryland ser o estado com mais injustiça racial no país, com 90% dos presos por delitos de drogas sendo negros. É isso que dá eleger democratas, disse-lhes”.

Com Steele avançando sobre Cardin, Zeese pode fazer as coisas mudarem. A única questão é a de quem ele tem mais chances de tirar votos e isso não está claro de jeito nenhum.

Dois outros reformadores importantes das políticas de drogas, o diretor executivo da Drug Policy Alliance, Ethan Nadelmann, e o diretor executivo da Criminal Justice Policy Foundation, Eric Sterling, disseram à Crônica que eles davam as boas-vindas a campanhas de reformadores das políticas de drogas por partidos terceiros, embora Nadelmann estivesse preocupado com o impacto que elas podem ter sobre o Partido Democrata.

“Historicamente, os partidos terceiros desempenham um papel crucial na legitimação de assuntos polêmicos para a ação política nacional”, disse Sterling, que foi rápido em observar que contribuíra com as campanhas de Zeese e Thornton. “O Partido Republicano era um terceiro partido quando se formou e se organizou em torno da questão da abolição da escravatura. Os partidos terceiros nos anos 1920 e 1930 avançaram as questões da administração do trabalho que foram promulgadas nos anos 1930 e 1940, as quais agora damos por certas como parte do jeito estadunidense de ser, como as férias remuneradas e a semana de trabalho de cinco dias. A idéia de que haja apenas dois partidos políticos é algo próprio dos Estados Unidos e não existe na Constituição”, apontou.

“Em Connecticut, os problemas da proibição, a criminalidade e o abuso químico têm sido problemas de grande relevância nas três maiores cidades”, disse Sterling, apontando delegados de política que vão e vêm em Hartford, o atual prefeito usuário de cocaína em Bridgeport e os níveis de criminalidade historicamente altos em New Haven que mantêm relação com a proibição das drogas. “Dados estes antecedentes, a candidatura de Cliff Thornton, a sua biografia singular e a sua capacidade incomum de discursar poderosa e eficazmente a muitos públicos lhe permitiu falar sobre a questão das drogas em Connecticut e isso tem feito que muitas pessoas pensassem sobre a natureza do nosso problema com as drogas, os nossos meios de abordá-lo e as conseqüências de abordá-lo dessa maneira”.

Em Maryland, disse Sterling, há uma disputa dividida em três e Zeese merece apoio quer isso fira a candidatura democrata ou não. “Se for aceito que há um papel legítimo para os partidos terceiros no nosso processo democrático, então não pode ser verdade que isso aconteça somente quando não faz diferença nenhuma”, debateu. “Se Bem Cardin é incapaz de mobilizar os seus aliados na comunidade afro-americana, é culpa dele, não de Kevin Zeese”.

Tais campanhas “inquestionavelmente valem a pena”, disse Sterling. “Aqueles de nós que lêem a Crônica da Guerra Contra as Drogas entendem que a luta para mudar a legislação sobre as drogas no mundo é uma luta de longa data e que transformar as nossas idéias em senso comum requer que elas sejam articuladas nos foros convencionais do debate sobre as políticas, como as campanhas eleitorais. Em Connecticut, a campanha de Thornton fez mais que qualquer coisa em legitimar o debate acerca das políticas de drogas, e, inquestionavelmente, isso é bom”.

Nadelmann da Drug Policy Alliance concordava, mas ele expressou algumas inquietações com as conseqüências negativas. “Se se fala sobre uma disputa para governador, a questão é como os outros candidatos estão neste problema e se isto ajuda o provável ganhador a chegar a uma posição melhor nas políticas de drogas ou não”, disse. “Em Connecticut, Thornton está desempenhando um papel construtivo ao falar sobre as políticas de drogas e provavelmente não terá impacto nenhum sobre o vencedor. Mas, será que a Gov. Rell nos confrontará com isso quando precisarmos que assine um projeto de maconha medicinal ou um projeto de zonas livres de drogas?”

A equação é um pouco diferente para os cargos legislativos, debateu Nadelmann, especialmente neste ano. “Está claro que a reforma das políticas de drogas se sairá melhor sob um Senado e Câmara democratas que republicanos. Em Maryland, Kevin Zeese inovou com a sua coalizão e isso é bom. O que não se quer que aconteça é que os votos em Kevin terminem indo para o candidato e o para o partido que são piores nas políticas de drogas”.

Matéria: Afeganistão expulsa grupo que pede o ópio legal – ou não

O Conselho de Senlis, o instituto do consultório europeu em desenvolvimento e segurança que propôs desviar o cultivo florescente e ilegal de papoulas para o mercado medicinal legal, vai ser expulso do país. Pelo menos, isso é o que um punhado de artigos informou nesta semana. Porém, apesar dos informes, o Senlis não vai a lugar nenhum, disse o grupo à Crônica da Guerra Contra as Drogas.

A primeira matéria apareceu no domingo, quando a Pajhwok Afghan News fez um artigo sobre a entrevista coletiva em Cabul nesse mesmo dia com o Vice-Ministro do Interior do Afeganistão, o Tenente Daud Daud. “Em uma ordem, o Ministro do Interior proibiu as atividades do Conselho de Senlis”, disse Daud Daud de acordo com a Pajhwok. “As atividades do Conselho de Senlis não são úteis para o nosso país; o trabalho dele tem criado problemas complexos para nós”. As atividades do Conselho de Senlis estavam “incentivando” os agricultores a cultivarem mais papoulas, reclamou.

Na segunda-feira, a BBC ecoou a Pajhwok com um artigo intitulado “Grupo de Drogas Recebe Ordem de Sair do Afeganistão”. A BBC informou que um relatório recente do grupo que criticava o governo afegão pelo aumento na produção de papoulas exacerbara as tensões entre os políticos afegãos. Como a Pajhwok, a BBC observou que o porta-voz do Conselho de Senlis no Afeganistão negou que os seus escritórios tinham sido fechados, mas não foi assim que ambos os órgãos da imprensa intitularam a matéria.

Por volta da terça-feira, a Fars News Agency do Irã estava informando o mesmo artigo, mas com uma mudança. De acordo com a Fars, os agentes antidrogas iranianos estavam pedindo crédito pela suposta expulsão do Conselho de Senlis. A agência de notícias informou que Fada Hosein Maleki, diretor da diretoria iraniana antidrogas, estava afirmando que Teerã convencera o governo Karzai a expulsar o grupo. “Declaramos a nossa oposição direta e forte à idéia desde o princípio, enquanto que mantivemos as nossas longas consultas com os agentes afegãos, que felizmente resultaram no fechamento do dito instituto no Afeganistão”, afirmou Maleki.

Em um olhar revelador no jornalismo iraniano, a Fars informou: “Fada Hosein Maleki observou também que as atividades do Instituto ‘Senseless’ [sem sentido, insensato, tolo] francês procuravam legalizar o cultivo de papoulas no Afeganistão bem como as graves conseqüências que tal ação podia ter para o Irã se fosse aprovada”, sem se preocupar em esclarecer se Maleki ou a própria agência de notícias decidira chamar o conselho de “sem sentido”.

Nos dois últimos anos, o Conselho de Senlis abriu escritórios no Afeganistão, organizou a conferência de Outubro passado em Cabul sobre a autorização da papoula como parte da indústria lícita de opiáceos medicinais, publicou pesquisas importantes sobre aspectos numerosos do dilema da papoula afegão, começou um programa de tratamento químico junto com a Cruz Vermelha italiana e o Crescente Vermelho afegão e foi altamente crítico da abordagem dos EUA e da OTAN ao Afeganistão. A sua proposta de autorização do ópio em particular tem criado preocupações entre alguns governos ocidentais e alguns setores do governo afegão.

A Câmara Alta (Meshano Jirga) do Afeganistão exigira antes que o Conselho de Senlis fosse banido. Depois da entrevista coletiva do Tenente Daud Daud, outros funcionários afegãos apoiaram a decisão, com o Ten. Kudai Dad dizendo à Pajhwok que o Conselho de Senlis estava incentivando os agricultores da papoula a acreditarem que os cultivos deles podem ser legalizados.

Mas, a coisa é menos complicada do que parece. “O Conselho de Senlis não foi proibido de realizar as suas atividades no Afeganistão”, disse Jane Francis, diretora de comunicação do grupo em Paris. “O Conselho recebeu uma carta do Ministro do Interior do Afeganistão que dizia que não deveríamos nos meter em atividades ‘contrárias á constituição do Afeganistão’. O Conselho de Senlis é uma instituição de pesquisa e um instituto de consultoria e esta consideração nunca fez nada de inconstitucional no Afeganistão”, disse ela à Crônica da Guerra Contra as Drogas na quinta-feira.

Defender a legalização do cultivo de papoulas através de um esquema de autorização da sua venda em mercados medicinais lícitos não é mencionado na Constituição Afegã. O Artigo 34 (Capítulo 2, Artigo 13), contudo, diz que “a liberdade de expressão é inviolável”.

Francis do Conselho de Senlis também criticou os comentários do Tenente Daud Daud que jogava a culpa nele pelo aumento no cultivo de papoulas, o qual teve uma alta histórica de 6.100 toneladas de papoulas neste ano. “O Conselho de Senlis não é responsável de jeito nenhum pelo aumento no cultivo de papoulas”, disse. “O cultivo de papoulas esteve em alta desde a chegada da comunidade internacional no Afeganistão. O aumento deste ano é apenas uma continuação desta situação. O cultivo de papoulas tem aumentado porque as pessoas estão empobrecendo cada vez mais e em muitas áreas essa é a única maneira de sobreviverem. Ironicamente, a estratégia antinarcóticos de erradicação de cultivos liderada pelos EUA tem contribuído com esta pobreza e tem criado uma intensificação da necessidade de cultivar papoulas – as pessoas têm que compensar o dinheiro que perderam devido à erradicação dos cultivos delas, então as cultivam novamente – e mais delas”.

Com o Talibã em alta, o cultivo de papoulas cambaleando e sem energia elétrica confiável na capital cinco anos depois que os estadunidenses invadiram, pode ser que os políticos afegãos estejam procurando um bode expiatório – e falando um pouco mais do que podem cumprir. O Ministério do Interior mando o que somente pode ser uma carta de aviso ao Conselho de Senlis, mas o seu vice-ministro exagera o que diz, a imprensa local informa os comentários dele, a imprensa internacional os recolhe e nasce uma matéria equivocada. Parece claro que se as autoridades afegãs quiserem um bode expiatório para o status quo, teriam resultados melhores ao se olharem no espelho do que acusando uma organização européia inteligente que tem abordagens inovadoras ao dilema do ópio.

Editorial: Os Reides Antidrogas Como Campanhas Publicitárias e Eleitoreiras Financiadas pelos Contribuintes

David Borden, Diretor Executivo, 20 de Outubro de 2006

https://stopthedrugwar.org/files/borden12.jpg
David Borden
Hoje, um dos artigos era um informe do Colorado de uma enorme apreensão de maconha. O gabinete da DEA e a Promotoria de Denver anunciaram que tinham capturado 38 traficantes e realizaram uma entrevista coletiva para se gabarem disso.

A ocasião foi questionada pelo grupo Safer Alternative for Enjoyable Recreation (SAFER), os defensores de uma iniciativa de legalização da maconha nas eleições estaduais do mês que vem. A nota à imprensa da SAFER chamou a entrevista coletiva de “um evento político orquestrado”, implicando que, na verdade, ao encenarem esta apreensão a esta altura do campeonato e dar-lhe publicidade, os guerreiros antidrogas locais estavam tentando influenciar as eleições que começam 19 dias depois, com a votação antecipada começando apenas quatro dias depois. (A SAFER também apontou que há listas em Denver para pelo menos 347 traficantes de álcool – uma droga mais perigosa do que a maconha de acordo com a SAFER e segundo qualquer outra leitura razoável científica sobre a questão.)

Na minha opinião, a escolha do momento abre suspeição sobre a motivação dos impositores. Os agentes do Colorado usaram o pretexto de uma apreensão de drogas para conduzirem em realidade uma campanha midiática/publicitária/eleitoreira às custas dos contribuintes (assim como às custas das pessoas presas)?

Se esse fosse o caso, não seria a primeira vez que algo assim acontece. Em 1991, me dizem, o tribunal federal em Charlottesville, Virgínia, corria o risco de ser fechado por motivos orçamentários, sendo que as suas operações seriam incorporadas a outras instalações vizinhas. Entra a “Operação Equinócio” [Operation Equinox], que presenciou a detenção de 12 integrantes de uma fraternidade sob acusações de delitos de drogas. O tribunal teve publicidade e uma aparente razão de ser e atualmente continua vivo e prosperando.

Neste ano na Califórnia, eles foram francos e disseram o que estavam fazendo. Uma nota à imprensa de Julho do gabinete do Procurador-Geral Locklyer sobre como “44 forças-tarefa lideradas pela Agência de Repressão aos Narcóticos do Departamento de Justiça da Califórnia... prenderam pelo menos 115 indivíduos e confiscaram pelo menos $11,9 milhões em drogas como parte de uma varredura de um dia da criminalidade em todo o país”, declarou que a operação “promoveu a continuação do financiamento do programa Subvenções Byrne de Assistência à Justiça que apóia a lei antidrogas municipal e estadual. O programa financiado federalmente tem sofrido cortes profundos durante os últimos anos”.

No negócio da advocacia, quando apresentamos eventos publicitários que esperamos que afetem o processo legislativo, isso é considerado fazer pressão. Estes 38 cidadãos do Colorado, 115 da Califórnia e os 12 integrantes da fraternidade da UVA e os demais em numerosas outras ocasiões eram peões nos jogos políticos jogados pela gente que detém o poder de encarcerar? Isso pode ser difícil de provar, mas está bem claro que essa dinâmica existe e às vezes não é tão difícil de prová-la. De fato, o procurador que busca processos de alta visibilidade e grandes números de condenações para incrementar a sua carreira política é uma criatura famosa e uma das mais poderosas no governo.

Esperemos que esta tática odiosa saia pela culatra dos agentes do Colorado – no dia 07 de Novembro!

Anuncio: Nuevo Formato para el Calendario del Reformador

https://stopthedrugwar.org/files/appointmentbook.jpg
A partir de esta edición, El Calendario del Reformador ya no aparecerá como parte del boletín Crónica de la Guerra Contra las Drogas, pero será mantenido como sección de nuestra nueva página web:

El Calendario del Reformador publica eventos grandes y pequeños de interés para los reformadores de las políticas de drogas alrededor del mundo. Ya sea una gran conferencia internacional, una manifestación que reúna a personas de toda la región o un foro en la universidad local, queremos saber para que podamos informar a los demás también.

Pero necesitamos su ayuda para mantener el calendario actualizado, entonces por favor contáctenos y no suponga que ya estamos informados sobre el evento o que vamos a saber de ello por otra persona, porque eso ni siempre sucede.

Ansiamos por informarlo a usted de más reportajes nuevos de nuestra nueva página web apenas estén disponibles.

Semanal: Esta Semana en la Historia

20 de Octubre de 2004: Una coalición innovadora de organizaciones profesionales negras se reúne para formar la National African American Drug Policy Coalition (NAADPC). La NAADPC busca urgentemente alternativas a las políticas equivocadas de drogas que han llevado al encarcelamiento en masa.

22 de Octubre de 1982: El primer caso públicamente conocido de las cargas de cocaína de los contras en el gobierno ocurre en un cablegrama de la Directoria de Operaciones de la CIA. El cablegrama repasa el mensaje de que las agencias legales de los EEUU tienen ciencia de “las relaciones entre (una organización religiosa de los EEUU) y dos grupos contrarrevolucionarios nicaragüenses [que] involucran a un cambio en (los Estados Unidos) de narcóticos por armas”. [El material en paréntesis fue insertado por la CIA como parte de su desclasificación del cablegrama. El nombre del grupo religioso sigue en secreto.]

23 de Octubre de 2001: El Ministro del Interior de Gran Bretaña, David Blunkett, propone la reclasificación del cannabis de la Clase B para la Clase C. Pronto el cannabis es despenalizado en Gran Bretaña.

23 de Octubre de 2002: La Time/CNN realiza una encuesta telefónica de 1.007 adultos estadounidenses en dos días (23 y 24 de Octubre). El resultado: Casi uno en cada dos estadounidenses adultos reconoce que ha usado marihuana, poco más que el índice de uno para tres en 1983.

24 de Octubre de 1968: La tenencia de psilocibina o psilocina se vuelve ilegal en los EE.UU.

25 de Octubre de 1997: Respecto de Colombia, el New York Times cita al Secretario Antidroga de los EE.UU., el General Barry McCaffrey: “Que no reste ninguna duda: No participamos de las operaciones antiguerrilleras”. Menos de dos años después, el 17 de Julio de 1999, el Miami Herald informa: “McCaffrey dijo que era ‘una tontería a esta altura’ intentar diferenciar entre esfuerzos antidrogas y la guerra contra los grupos insurgentes”.

26 de Octubre de 1993: La Reuters informa que la National Organization for the Reform of Marijuana Laws (NORML) se juntó a grupos de las tropas de los scouts, Elks Clubs y otros grupos comunitarios en un programa en el cual los participantes limpian partes del sistema de carreteras de Ohío. El Departamento de Transporte de Ohío negó la solicitud de la NORML dos veces anteriormente, debatiendo que eso sería ayudar a dar publicidad a un grupo “activista polémico”. La American Civil Liberties Union entró en la pelea y el fiscal general de Ohío forzó a los trabajadores de los transportes a ceder.

26 de Octubre de 1997: El Los Angeles Times informa que doce años después que un agente antidrogas de los EE.UU. fue secuestrado, torturado y asesinado en México, han surgido pruebas de que los fiscales federales se fiaron en testimonios perjurados e informaciones falsas, echando dudas sobre las condenaciones de los tres hombres que ahora cumplen sentencias de prisión perpetua en el caso.

26 de Octubre de 2001: Los agentes de la DEA caen sobre el LA Cannabis Resource Center, confiscando todas las computadoras, archivos, cuantas bancarias, plantas y medicamentos del centro. La DEA cita a una reciente decisión de la Suprema Corte como justificación de su acción. El jardín de cannabis de los pacientes en el local de West Hollywood es confiscado por los agentes de la DEA a pesar de las altas protestas del Alcalde de West Hollywood y de muchos funcionarios y habitantes locales.

Europa: Tribunal de Apelaciones Holandés Decide que Paciente de Marihuana Medicinal Puede Cultivarla Él Mismo

Hasta ahora, ha sido ilegal cultivar marihuana en los Países Bajos, pero un caso decidido el martes ha hecho una fenda en el dique a favor de los pacientes. Pese a que los famosos cafés de Holanda proporcionen ventas de cannabis al por menor con la aquiescencia del Estado Holandés, el país nunca ha redactado ningún dispositivo para quitar a los cultivadores que suplen las tiendas del mercado negro. Igualmente, pese a que Holanda permita que la marihuana medicinal sea comprada en las farmacias, no deja que los pacientes la cultiven ellos mismos.

El martes, de acuerdo con la Agence France Presse, un tribunal de apelaciones en Leeuwaarden en el norte de los Países Bajos decidió que el paciente de esclerosis múltiple, Wim Moorlag, y su esposa no deberían haber sido procesados por cultivar una planta que les rendiría 20 gramos de marihuana por semana. Pese a que el tribunal hubiera declarado los Moorlag culpables de cultivo ilegal (y les hubiera dado una multa de $314), el tribunal de apelaciones sostuvo que el derecho de Moorlag a intentar aliviar el dolor relacionado con su enfermedad anulaba el interés del estado en prohibir el cultivo de marihuana.

Moorlag había debatido que no podía comprar marihuana de los cafés porque podía contener hongos y bacterias especialmente peligrosas para los pacientes de EM.

El abogado de Moorlag, Wim Anker, le dijo a la agencia de noticias Dutch ANP que la decisión tendría amplias ramificaciones. “Esto significa que otros pacientes también pueden cultivar legalmente su propio cannabis, no apenas los pacientes de EM, sino también la gente con SIDA”, dijo.

Los fiscales holandeses, con todo, no van a desistir. El miércoles, ellos anunciaron que habían pedido a la Corte Suprema holandesa que anulara la decisión del tribunal de apelaciones. “Nosotros presentamos una moción de apelación el martes delante de la Corte Suprema”, dijo Marina Well, vocera de la fiscalía en Leeuwaarden.

Canadá: Corte Suprema Rechaza Exámenes Toxicológicos Aleatorios de Presos Bajo Régimen de Libertad Vigilada

En una decisión la semana pasada, la Corte Suprema de Canadá sostuvo que el Código Penal del país no les permite a los jueces solicitar que los infractores bajo libertad vigilada se sometan a exámenes toxicológicos u otras exigencias para obtener una muestra de sustancias corporales. La decisión ocurrió en el caso de Harjit Singh Shoker, que en 2003 se acostó con la mujer de un oficial de la Real Policía Montada de Canadá pensando en violarla durante una embriaguez de metanfetamina.

Shoker fue condenado por invasión de propiedad con la intención de cometer agresión sexual y fue condenado a 20 meses de prisión y dos años de libertad vigilada. Su juez de condenación incluyó como condiciones de su régimen probatorio el deber de pasar por tratamiento químico, abstenerse del consumo de alcohol y drogas y hacer exámenes toxicológicos cuando exigido. Él recurrió de esas condiciones de su sentencia.

En 2004, el Tribunal de Apelaciones de Columbia Británica decidió que el juez de juicio no tenía autoridad para ordenarle a Shoker que se tratara sin su consentimiento y tampoco tenía la autoridad para exigir que Shoker se sometiera a exámenes toxicológicos. Desde entonces, los jueces de CB han seguido ordenando a los infractores bajo régimen probatorio a evitar las drogas y el alcohol, pero han desistido de la orden acompañante y casi automática de someterse al examen toxicológico.

La Real Fiscalía de Columbia Británica no desafió la decisión acerca del tratamiento químico, pero sí recurrió de la decisión sobre los exámenes toxicológicos – aun pese a que la provincia hubiera eliminado la financiación para el programa de exámenes toxicológicos en 2003. Pero, los fiscales de CB no fueron consolados por la Corte Suprema.

La Desembargadora Louise Charron, que fue autora de la decisión, llamó el examen toxicológico de “altamente intrometido” que requería “estándares y salvaguardias rigurosos para cumplir los requerimientos constitucionales”. El Parlamento podía redactar dichos padrones, volviendo el examen toxicológico un requerimiento legal, observó. “No se cuestiona que el infractor bajo régimen de libertad vigilada tenga una baja expectativa de privacidad”, escribió Charron. “Con todo, es la tarea del Parlamento, no de los tribunales, equilibrar la carta de derechos de los infractores en contra del interés de la sociedad al monitorear efectivamente sus conductas”.

Si el Parlamento quiere que los jueces puedan imponer los exámenes toxicológicos como condición de la libertad vigilada, debe tratar de la cuestión y no dejarla al arbitrio de jueces individuales. “El establecimiento de estos padrones y salvaguardias no puede ser dejado a la discrecionalidad del juez de condenación en los casos individuales”, escribió Charron. “Esos son precisamente los tipos de decisiones sobre políticas que el Parlamento tiene que tomar respecto de las limitaciones contenidas en la carta”.

¡Qué diferencia hace una frontera! En el lado de los EE.UU., el tratamiento químico y los exámenes toxicológicos compulsorios son la norma. En el lado canadiense, es inconstitucional, por lo menos de la forma que lo intentaron.

Europa: Gobierno Italiano Aprueba Derivados de la Marihuana para el Control del Dolor

El gabinete italiano aprobó el jueves el uso de derivados de la marihuana, como el spray sublingual Sativex, en el alivio del dolor, informó la agencia alemana Deutsche Presse Agentur. La acción revierte la política antidroga impuesta por el gobierno anterior del ex Primer Ministro Silvio Berlusconi, que fue derrotado por el actual Primer Ministro Romano Prodi a principios de este año

“Estamos hablando de terapia de alivio del dolor. Esto no tiene nada que ver con fumar pitillos”, le dijo la Ministra de la Salud, Livia Turco, a los reporteros después del encerramiento de la reunión del gabinete en que la decisión fue tomada. “Estas drogas ya están en uso en Canadá, Suiza y Holanda”, añadió.

Pese a que el gobierno Prodi haya prometido relajar las penas endurecidas para delitos de drogas promulgadas por el gobierno Berlusconi, esa acción no tiene nada que ver con aquello, dijo Turco. “Si alguien menciona el cannabis, entonces todo el mundo se alborota. Estamos hablando de terapias contra el dolor”.

Condenación: Corte Suprema de Luisiana Oye Casos de Condenados a Prisión Perpetua por Heroína

En medio a la histeria de la guerra a las drogas de los años 1970, los legisladores de Luisiana aprobaron una ley que ordena pena de prisión perpetua sin condicional para las personas condenadas por vender heroína. En 2001, la legislatura actuó para enmendar esa ley durísima, corrigiéndola para que las sentencias por distribución de heroína fueran de cinco a 50 años de prisión. Esa ley de 2001 también estableció un proceso de “revisión de riesgo” para la liberación precoz de los presos condenados de acuerdo con las antiguas leyes severas. En 2003, la legislatura incluyó específicamente a los condenados a prisión perpetua por heroína en el grupo de condenados que puede buscar reparación a través del proceso de revisiones, y, en 2005, corrigió la ley para permitir que los presos busquen una revisión tras cumplir siete años de sus sentencias.

Más de 90 heroin lifers siguen tras rejas, muchos de ellos ancianos tras haber pasado los años 1970, 1980 y 1990 y mitad de la primera década del siglo tras rejas.

El año pasado, los jueces de juicio en las parroquias de Orleáns y de St. Tammany, frustrados con el paso glacial en el cual las revisiones estaban sucediendo, bajaron las sentencias de un par de heroin lifers y ordenaron su liberación inmediata. El estado de Luisiana recurrió de la decisión y, esta semana, la Corte Suprema escuchó los argumentos orales en el caso.

El martes, los fiscales discutieron que los heroin lifers deben pasar por un proceso arduo y largo de revisión que sea controlado por el Departamento de Correcciones para buscar la reducción de la sentencia y la libertad que ella podría proporcionar. Los jueces de juicio que ordenaron la liberación de los presos excedieron su jurisdicción, dijo Graham Bosworth de la fiscalía de Nueva Orleáns.

Pero los abogados que representan a los heroin lifers debatieron que los recientes cambios legislativos volvieron las sentencias antiguas patentemente ilegales y que los jueces tienen la autoridad de recondenar a aquellos presos. “Tenemos que confiar en las personas que tenemos en las bancas de los tribunales para ejercer su jurisdicción con sabiduría”, dijo el abogado Dwight Doskey.

Los dos hombres cuyos casos están bajo recurso son Melvin Smith, que fue condenado en 1977 y recibió recientemente la orden de liberación del Juez de la Corte Distrital Criminal de Orleáns, Calvin Johnson, que lo había recondenado a 28 años – esencialmente, el tiempo cumplido; y Wesley Dick, que fue condenado a prisión perpetua en 2001 poco antes del cambio en la ley. La Jueza Distrital Patricia Hedges lo libertó en Julio tras reducir su sentencia a 10 años.

En una señal de rencor de la fiscalía, el Fiscal de la Parroquia de Orleáns, Eddie Jordan, impidió la liberación de Smith. El anciano Smith sigue en silla de ruedas en la Casa de Detención de la Parroquia de Orleáns hasta la decisión de la Corte Suprema que decidirá su destino.

Reducción de Daños: Proyectos de Trueque y Acceso a Jeringas de Nueva Yérsey Avanzan

Un proyecto que permitiría que hasta seis municipalidades de Nueva Yérsey establecieran programas de trueque de jeringas y un proyecto acompañante que permitiría la venta sin prescripción de hasta 10 jeringas en farmacias fueron aprobados por el Comité de Salud y Ciudadanos Mayores de la Asamblea el jueves. Tras más de una década de esfuerzos para lograr legislación que permitiera a los usuarios el acceso más fácil a jeringas esterilizadas, ahora parece que los proyectos tienen ímpetu.

Los políticos de Nueva Yérsey han empezado a defender los proyectos. Antes de los testimonios en el comité el jueves, el Presidente Herb Conaway (D-Burlington) dijo francamente, “Este proyecto va a ser aprobado”. El Presidente de la Asamblea Joseph Roberts y el Gobernador Jon Corzine han declarado públicamente que pretenden legalizar el trueque de jeringas lo más pronto posible.

Durante los testimonios, el epidemiólogo del estado, Eddy Bresnitz, le dijo a los legisladores que ellos precisaban actuar ahorita. “No deberíamos retrasarnos más en poner herramientas salvadoras de vidas como los programas de trueque de jeringas en las manos de comunidades desesperadas para detener la transmisión de enfermedades trasmisibles por la sangre, como el VIH y el SIDA”, dijo. “Los programas de trueque de jeringas no apenas impiden la transmisión de dichas enfermedades, sino también ayudan a los dependientes a acceder al tratamiento”.

La Drug Policy Alliance de Nueva Yérsey ha estado haciendo presión a favor de los proyectos durante años. “Estamos increíblemente agradecidos por tantos votos de apoyo de parte de los integrantes del comité”, le dijo Roseanne Scotti de la DPA a la Associated Press después de la votación.

Allanamientos Antidrogas: Juez de Michigan Decide que los Arrestos del Allanamiento a la Fiesta Rave de Flint Son Inconstitucionales

En Marzo de 2005, la policía en Flint, Michigan irrumpió en el Club What’s Next en las últimas horas de la noche del viernes tras atestar varios ejemplos de ventas de drogas en o cerca del club y fumo de marihuana dentro del local, que estaba realizando una fiesta rave. Pese a que la policía haya encontrado drogas o pertrechos con apenas 23 personas (a pesar de las revistas corporales), ellos arrestaron a las 117 personas presentes en la escena. Las restantes 94 personas fueron acusadas de “frecuentar un hueco de drogas”, una contravención.

https://stopthedrugwar.org/files/utahraveraid.jpg
allanamiento a rave de 2005 en Utah (cortesía del CMI Portland)
El viernes pasado, un juez de la Corte del Circuito de Genesee anuló aquellas detenciones, sosteniendo que la policía de Flint había infringido los derechos constitucionales de los frecuentadores. En su decisión, el Juez Joseph Farah sostuvo que la policía no tenía probable delito para detener a la gente meramente por estar en el club.

“La Corte Distrital se equivocó al encontrar delito probable para detener a aquellos reos”, escribió Farah en su decisión. “Permitir que siguieran las detenciones de estos 94 reos sería permitir el tratamiento conjunto de personas que habían estado en el club durante cinco minutos o cinco horas, personas que no pararon de bailar con aquellos que estaban próximos a una transacción de drogas, personas que estaban sentadas en una mesa volteada hacia la pared con aquellos metidos en malhechos y acusar a aquellos individuos presentes con conciencia y conocimiento iguales de las malas acciones”.

La ACLU de Michigan, que representó a las 94 personas arrestadas por estar presentes, saludó la decisión con placer. “La ordenanza bajo la cual los arrestos fueron hechos existe para proteger a los ciudadanos de Flint de huecos de drogas reales. Nunca tuvo la intención de ser usado aleatoriamente por la policía contra ciudadanos obedientes a la ley que van a clubes para escuchar música y socializar”, dijo la directora ejecutiva de la ACLU Michigan, Kary Moss, en una declaración emitida al mismo día. “El fallo del Juez Joseph Farah vindica los derechos constitucionales de nuestros clientes y manda un mensaje fuerte a las policías de todo el país”.

“El fallo del Juez Farah concluye correctamente que la policía no tenía que meterse a arrestar a ninguno de ellos”, dijo Ken Mogill, abogado de la ACLU Michigan que debatió el caso con Elizabeth Jacobs. “Es una victoria gratificante para cada uno de los individuos obedientes y equívocamente arrestados y para el imperio de la ley en nuestra comunidad”.

Imposición de la Ley: Las Historias de Policías Corruptos de Esta Semana

Ocupados, muy ocupados. Jueces consumiendo cocaína, policías traficando cocaína, policías vendiendo éxtasis, pilotos de la Fuerza Aérea contrabandeando éxtasis, químicos de la policía robando de la pila de pruebas – y, claro, agentes penales contrabandeando droga a las prisiones. Vamos a ello:

En Las Cruces, Nuevo México, la Comisión de Estándares Judiciales del estado entró con una petición el viernes pasado buscando la remoción de un magistrado de la Comarca de Dona Ana con base en sus exámenes positivos por cocaína, de acuerdo con la Associated Press. El Magistrado Carlos Garza, 42, ha negado usar drogas y prometió combatir la acción. Garza ha sido suspendido por la comisión desde el 20 de Septiembre, cuando no obedeció la orden de la comisión de someterse a un examen toxicológico. De acuerdo con la comisión, desde entonces él no ha pasado por otro examen. La comisión también acusó a Garza de intentar presionar a un agente de Mesilla durante una batida de tránsito en que el juez estaba en un auto con una mujer “con la cual él tenía una relación personal” y presionar al escribano municipal a dejar limpia la licencia de conducir de la mujer antes del tiempo en un caso de conducción en estado de ebriedad. Él fue puesto en libertad vigilada por la Comisión de Estándares Judiciales a principios de este año en ese caso y él dijo que la acusación de haber usado cocaína era la continuación de la venganza de la comisión contra él. Él dijo que los metabolitos de cocaína encontrados en su organismo pueden haber sido recibidos a través de “exposición pasiva”. Garza disputa la reelección sin opositores en las elecciones del próximo mes.

[ED.: Incluir o no la mera tenencia o el simple consumo de drogas de parte del personal de la justicia criminal entre los ejemplos de corrupción es un dilema que la Crónica de la Guerra Contra las Drogas se enfrenta rutinariamente. Hasta ahora, hemos optado por incluirlos, porque un juez que consume drogas ilegales también puede ser un juez que preside juicios y pronuncia sentencias contra otros usuarios de drogas que han hecho la mismísima cosa (hipocresía); y porque el juez está infringiendo una ley que él ha jurado cumplir (no obstante sea una ley con la cual no estamos de acuerdo). Pero, es necesario recordar que hay una diferencia entre el consumo de drogas por policías o jueces y el lucro con el tráfico de drogas u otros ejemplos de improbidad oficial.]

En Durham, Carolina del Norte, un sherif-adjunto de la Comarca de Durham ha sido arrestado en un allanamiento antidroga en un bar local y otros dos adjuntos han sido despedidos por trabajar como guardas de seguridad allí. El Adjunto Michael Owens, el dueño del bar allanado, fue acusado junto con cuatro otros por traficar cocaína y conspirar para traficar cocaína y él puede recibir otra acusación de mantener un edificio para fines de distribución de cocaína. Los adjuntos Brad King y Keith Dotson, que trabajaban libres como guardias de seguridad para el club, fueron suspendidos la misma noche, informó el Durham Herald Sun y dimitidos a principios de esta semana. Las autoridades informaron confiscar 42g de cocaína durante el allanamiento.

En Biloxi, Mississippi, un ex agente de la policía de Biloxi se confesó culpable el viernes pasado de vender éxtasis, informó el Biloxi Sun Herald. Darrell Cvitanovich, que dimitió de la fuerza tras su detención, puede recibir hasta 30 años de prisión después de admitir que vendió cuatro pastillas de éxtasis a un amigo. Cvitanovich, que es el hijo de un ex comisario de la policía de Biloxi, fue preso en Junio de 2005 tras una investigación de las alegaciones de que estaba involucrado en actividades relacionadas con las drogas. Durante la busca de su casa, la policía encontró 11 pastillas de éxtasis y una pequeña cantidad de metanfetamina. Él fue acusado de tenencia de sustancia controlada con intención de venta y transferencia de sustancia controlada, pero, la semana pasada, se confesó culpable apenas de la acusación de ventas. Cvitanovich está libre bajo fianza de $50.000 hasta la condenación.

En la Ciudad de Nueva York, un piloto de la Guardia Aérea Nacional de los EE.UU. que llevó un reactor a Alemania y regresó con 200.000 pastillas de éxtasis fue condenado el viernes pasado a 17 años y medio de prisión. El Capitán Franklin Rodríguez, 36, y su cómplice, el Sargento John Fong, 37, se habían confesado culpables en tribunal federal tras ser atrapados por el vuelo de Abril de 2005. Fong aguarda condenación. El par cayó después que los agentes federales vieron a Fong poner 28 bolsas en una BMW sedán y las hallaron llenas de pastillas de éxtasis, de acuerdo con la Associated Press. Los fiscales dijeron que Rodríguez había transportado drogas varias veces en vuelos militares, trayendo centenas de miles de pastillas de éxtasis a los EE.UU. Los federales encontraron más de $700.000 en efectivo en su departamento. Ellos los tienen ahora.

En Filadelfia, una ex química civil de la Policía de Filadelfia fue arrestada el 11 de Octubre bajo acusaciones de haber robado drogas para consumo propio, informó la Associated Press. Colleen Brubaker, 30, cayo bajo sospecha en Abril y dimitió en Mayo. Ahora, las autoridades la acusan de agarrar analgésicos opiáceos como Oxycontin, Percocet y Vicodin para fomentar su vicio. Ella es acusada de tenencia de drogas, robo, receptación, adulteración de pruebas, obstrucción, adulteración de registros o informaciones públicas y adulteración o fabricación de pruebas físicas. Ya que Brubaker era la química responsable por centenas de casos de drogas, los defensores públicos ahora consideran la posibilidad de que algunos de ellos puedan tener que ser retirados.

En Stillwater, Oklahoma, un sherif-adjunto de la Comarca de Payne ha sido suspendido sin derecho a remuneración durante una investigación de la Agencia de Control de Narcóticos y Drogas Peligrosas de Oklahoma, informó la Associated Press. Los funcionarios municipales no quieren hablar sobre lo que el Adjunto Brooke Buchanan, con 13 años de servicios prestados al departamento, es acusado de hacer, pero sí confirman que un fiscal especial ha sido nombrado para la investigación. La averiguación puede tomar varias semanas hasta que cualquier acusación sea hecha.

En Lubbock, Tejas, una agente penal de la Comarca de Lubbock fue presa el domingo por la noche mientras llegaba al trabajo llevando marihuana, informó la KLBK-CBS 13 TV en Lubbock. Renata Hernández, 26, es acusada de introducir una sustancia prohibida en una instalación correccional. Ella puede recibir entre dos y diez años de prisión. Aunque los voceros de la policía dijeran que creían que ella estaba trayendo la hierba a la cárcel para venderla, aún no han podido probarlo.

Oferta de Vídeo: Waiting to Inhale

Caro lector de la Crónica de la Guerra Contra las Drogas:

Muchos entusiastas de la reforma de las políticas de drogas leyeron hace dos semanas sobre nuestro nuevo blog acerca de un nuevo documental, Waiting to Inhale: Marijuana, Medicine and the Law [Esperando para Inhalar: La Marihuana, la Medicina y la Ley], y un debate emocionante aquí en Washington entre dos de mis colegas y un representante de la secretaría antidroga de los EE.UU. que ocurrió después de la exhibición de la película. Tengo el placer de anunciar que la DRCNet está disponibilizándole este film como nuestro más reciente premio de membresía – done $30 o más a DRCNet y puede recibir una copia de Waiting to Inhale como nuestro agradecimiento por su apoyo.

https://stopthedrugwar.org/files/waitingtoinhale-small.jpg
He sabido de Waiting to Inhale durante algunos años y estoy muy feliz por verlo divulgado y causando repercusiones. La gente que aparece en la película – los proveedores de marihuana medicinal Mike y Valerie Corral y Jeff Jones, la vocera de los pacientes Yvonne Westbrook, el científico Don Abrams – son héroes cuyas historias merecen ser contadas y cuyas entrevistas en esta película deberían ser exhibidas a como de lugar. ¡Usted puede ayudar al pedir una copia y hacer una exhibición privada en su hogar! O usted y sus amigos activistas pueden simplemente verlo en casa como inspiración. (Haga clic aquí para más informaciones, incluso un avance en la Internet.)

Su donación ayudará a DRCNet mientras hacemos lo que creemos que será un plan increíble de dos años para avanzar considerablemente la reforma de las políticas de drogas y la causa de terminar la prohibición globalmente y en los EE.UU. ¡Por favor, haga una donación generosa hoy día para ayudar a la causa! Sé que usted sabrá que el dinero fue bien gastado después de ver lo que la DRCNet está preparando. Nuestro formulario de donación electrónica le permite donar por tarjeta de crédito, por PayPal o imprimir un formulario para enviar juntamente con su cheque u orden de pago por correo. Por favor, fíjese que las contribuciones a la Red Coordinadora de la Reforma de las Políticas de Drogas o Drug Reform Coordination Network, nuestra entidad de presión política, no son deducibles del impuesto a la renta. Las donaciones deducibles pueden ser hechas a la Fundación DRCNet, nuestra ala de concienciación. (Escoger un regalo como Waiting to Inhale reducirá la parte de su donación que usted puede deducir por el costo del artículo.) Ambos grupos reciben cartas de los miembros en la siguiente dirección: DRCNet, P.O. Box 18402, Washington, DC 20036.

Gracias por su apoyo. Si usted no ha visto nuestra nueva página web, espero que tenga un momento para hacerlo – está buenísimo, si se me permite decirlo. :)

Cuídese bien y espero tener noticias suyas.

Sinceramente,


David Borden
Director Ejecutivo

Reseña de Vídeo de DRCNet: "Waiting to Inhale: Marijuana, Medicine, and the Law”, Producido y Dirigido por Jed Riffe

De un puñado de pacientes federalmente aprobados a fines de los años 1970 y 1980, el movimiento estadounidense pro marihuana medicinal ha crecido a pasos agigantados, con decenas de miles de personas en una docena de estados ahora oficialmente registradas como usuarias de marihuana medicinal. No se sabe cuántas personas en los 38 estados restantes en que ella aún es ilegal están fumando marihuana para el alivio del dolor, la inducción del apetito, la reducción de la nausea asociada con la quimioterapia, el tratamiento de glaucoma, la reducción de los temblores y los espasmos asociados con la esclerosis múltiple o una lista creciente de enfermedades ayudadas por una tragada o un mordisco de un queque hecho con marihuana.

https://stopthedrugwar.org/files/inhaleposter.jpg
Mientras las investigaciones académicas y científicas de los usos medicinales de la marihuana ganan ímpetu, el listado de sus aplicaciones parece crecer cada vez más. Dentro de las últimas semanas, los investigadores informaron que la marihuana puede ayudar a prevenir el principio del mal de Alzheimer.

Pero la resistencia a la marihuana medicinal sigue fuerte. El gobierno federal – especialmente sus burocracias antidrogas, la DEA y el Gabinete de Política Nacional de Control de las Drogas – es inalterablemente contrario a su uso, en tanto que los grupos antidrogas compuestos por padres temen que permitir el uso medicinal de marihuana “enviará el mensaje equivocado” a sus hijos. Para los demás enemigos, la marihuana medicinal es simplemente más un frente en la guerra cultural contra los hippies y liberales que ha estado ocurriendo durante cuatro décadas.

En poco más de una hora, “Waiting to Inhale”, el vídeo recién lanzado por el documentalista Jed Riffe cuenta la historia de la batalla por la hierba curadora. Aunque decididamente tenga simpatía por la marihuana medicinal, el vídeo también se esmera en presentar la otra versión de la historia.

Escuchamos al vocero del ONDCP, David Murray, retratando una conspiración sombría para legalizar las drogas. “¿Quién hace presión por esto? y ¿por qué se está haciendo presión?” pregunta. “La agenda es bien financiada y motivada a quitar las barreras entre ellos y la droga que a ellos les gusta o en la cual están viciados”. Después, Murray llama la marihuana medicinal de “fraude”.

Similarmente, y con más realismo, el vocero de la DEA en San francisco, Richard Meyer, advierte que “algunos traficantes están usando [la ley de marihuana medicinal de California] la Prop. 215 como cortina de humo”.

Riffe también hace espacio para el movimiento de los padres antidrogas, con entrevistas con la leyendaria defensora de la guerra a las drogas, Sue Rusche, que explica que, hace años, un viaje a una tienda de discos con sus hijos en que ellos fueron expuestos a un mostrador de narguiles, pipas y otros pertrechos relacionados con la marihuana la hizo tomar el curso del activismo. Riffe muestra un movimiento antidroga de los padres que, aunque aún luzca hediondamente regresivo a los reformadores de las políticas de drogas, muestra señales de moderación y sofisticación. En una escena, Rusche expresa la antigua cantaleta sobre “las drogas iniciales”, pero dice que ellas incluyen “al tabaco, al alcohol y a la marihuana”. En otra escena, los miembros de un grupo de padres conversan sobre dar información honesta – y no solamente asustar a los niños.

Aunque el movimiento antidroga de los padres – bastión fundamental de apoyo a la guerra renovada contra las drogas de la era Reagan en delante – pueda estar adaptándose a la adversidad, también está siendo cambiado desde adentro. Riffe entrevista al consejero de la juventud de Nuevo México, Miguel Santesteban, que está trabajando con el grupo antidroga Parents United, y él tiene cosas sorprendentes que decir. “Quizá cuando se trate de la marihuana”, dijo, “el mejor mensaje para ellos sea el de que hay un contexto responsable para el consumo”. Santesteban no parecía muy impresionado con los esfuerzos antidrogas federales, diciendo, “Si yo fuera un secretario antidroga, daría mitad de mi presupuesto a las escuelas públicas” y “Esta cosa de mandar el mensaje equivocado es una tontería”.

Pero, a pesar del tiempo dado al lado contrario, está claro que el interés y el corazón de Riffe están con los pacientes de marihuana medicinal y su lucha por el acceso seguro a su remedio. El vídeo empieza con Mike y Valerie Corral, los fundadores de la cooperativa Wo/Men's Alliance for Medical Marijuana (WAMM) en las afueras de Santa Cruz, recontando cómo la DEA los allanó a punto de tiro en 2002, de ahí pasa la palabra a Irv Rosenfeld, “Paciente #1” en el programa de acceso compasivo del gobierno federal, el cual permitía que un número diminuto de pacientes fumara la hierba producida federalmente hasta que el Presidente Bush Padre lo terminó en 1992. Rosenfeld y siete otros fueron los abuelos y Rosenfeld, un corredor de bolsa de Florida, fuma 10 pitillos de la hierba federal por día en un esfuerzo casi exitoso de defenderse del dolor de una enfermedad ósea crónica.

Riffe también incluye en la mezcla a los médicos e investigadores que han renovado la ciencia de la marihuana medicinal tras medio siglo de lagunas creadas por la prohibición de la marihuana. Riffe entrevista a Raphael Mechoulam, el investigador israelí que aisló el THC, el cual explica que la marihuana tiene una historia medicinal de millares de años, y también entrevista al Dr. Lester Grinspoon, uno de los primeros defensores académicos de la marihuana medicinal en los EE.UU.

Después de la prohibición de la marihuana, explica Grinspoon, “los médicos han ignorado el cannabis” en razón de la propaganda Locura del Pitillo del director de la Agencia Federal de Narcóticos, Harry Anslinger, en contra de ello. Con médicos desavisados regurgitando las afirmaciones de los guerreros antidrogas sobre la hierba mala, “los médicos no solamente se volvieron las víctimas, sino también los agentes eficaces de la propaganda”.

Mientras Irv Rosenfeld y Robert Randall (“Paciente #0”) en el programa federal de acceso compasivo estaban fumando su hierba federal en los años 1980, la epidemia de SIDA estaba empezando a mostrar su cara fea, especialmente en San Francisco, y Riffe muestra con mucha habilidad cómo lo que había sido un movimiento por los derechos de los homosexuales se transformó en un movimiento por los derechos de los pacientes de SIDA y de ahí se volvió más una corriente en el movimiento pro marihuana medicinal que crecía rápidamente.

Riffe conversa con más personas – pacientes, médicos, investigadores, políticos – que tengo espacio para mencionar y "Waiting to Inhale" es excelente en reunir las distintas corrientes que forman la historia de la marihuana medicinal. Por más que sea un elogio de las maravillas de la marihuana medicinal, "Waiting to Inhale" logra contar la historia compleja y complicada de un movimiento de masas, de una jornada científica y de una batalla política corriente, y lo hace de una manera envolvente y conmovedora. Para los curiosos sobre los contornos de la cuestión de la marihuana medicinal, "Waiting to Inhale" es un recurso valioso y notablemente asistible.

"Waiting to Inhale" es el más reciente premio de membresía de la DRCNet - ¡haga clic aquí para pedirlo!

Haga clic aquí para la página oficial del documental, incluso un avance y el listado de las próximas exhibiciones.

Reportaje: Importantes Reformadores de las Políticas de Drogas Son Candidatos a Cargos Estaduales en Connecticut y Maryland

Dos de los reformadores de las políticas de drogas más conocidos están en las elecciones de Noviembre y aunque, excepto por un milagro, ellos no tengan chance de vencer, ambos están llevando el mensaje de la reforma de las políticas de drogas a nuevos públicos y, con suerte, están consiguiendo un nuevo apoyo al desmantelamiento de la prohibición de las drogas. En Connecticut, Cliff Thornton, director del grupo de reforma Efficacy está concurriendo como indicado del Partido Verde al gobierno del estado. En Maryland, Kevin Zeese de la NORML y de la primera Drug Policy Foundation (antecesora de la Drug Policy Alliance), fama y presidente de Common Sense for Drug Policy está concurriendo al Senado de los EE.UU. como candidato de “unidad” como indicado de los partidos Verde, Libertariano y Populista. (En Alabama, la activista pro reforma de las políticas de drogas Loretta Nall logró la indicación del Partido Libertariano al gobierno, pero no pudiendo superar los requerimientos clasificatorios onerosos para partidos terceros, ha sido reducida a hacer una campaña por correspondencia.)

https://stopthedrugwar.org/files/cliffthornton.jpg
Cliff Thornton en campaña
En Connecticut, Thornton se enfrenta al desafiante demócrata, John DeStefano, y la titular republicana, la Gobernadora Jodi Rell, que, de acuerdo con las últimas encuestas logrará la victoria con una margen superior a 20 puntos porcentuales. Pese a que Thornton no haya sido incluido en las encuestas y haya sido excluido del debate de televisión del miércoles por la noche – él sí logró publicar un anuncio de campaña justo antes del debate -, él le dijo a la Crónica de la Guerra Contra las Drogas que su campaña ha estado abriendo un nuevo espacio para la reforma de las políticas de drogas en Connecticut.

“Estamos causando impacto”, dijo. “Ha habido cerca de 175 tiroteos y matanzas aquí en los últimos tres meses y hablo sobre el por qué. Es principalmente por eso que Rell y DeStefano no me quieren en los debates – ellos no quieren defender una política fracasada de drogas”.

Pueden no querer conversar sobre las políticas de drogas, pero para Thornton ésa es la pieza central de su campaña. “No siempre empiezo con las cuestiones de las drogas, pero todos quieren saber sobre ellas. Todos las entienden”, dijo Thornton. “Rell y DeStefano están alejándose del problema, pese a que a veces sus empleados hablen sobre ello”.

El año de trabajo de Thornton en las trincheras de la reforma de las políticas de drogas en Connecticut y en todo el país lo ha vuelto una cantidad conocida en los círculos políticos y mediáticos locales y la disputa al gobierno de este año ha dado mucho que hablar a artículos sobre Thornton y la cuestión de las drogas. Ahora, el problema está ganando aún más visibilidad en Connecticut gracias a la Law Enforcement Against Prohibition, que actualmente está en una gira oratoria en todo el estado. Aunque la LEAP no haga campaña en pro de candidatos, la oportunidad de la campaña de Thornton está echando fuego a sus esfuerzos en Connecticut. El grupo ya ha tenido unos 70 coloquios o entrevistas con los medios durante su operación actual, con más algunos programados.

“Es difícil medir el impacto de LEAP”, dijo Thornton, “pero es muy poderoso”.

Con apenas algunas semanas restantes en la campaña, Thornton está a toda máquina. “Tenemos una agenda llena entre ahora y el día de las elecciones”, dijo. “Ellos no nos quieren en los debates, no nos quieren en las encuestas, pero no pueden impedir la divulgación de nuestro mensaje, y, en ese sentido, ya hemos vencido”.

Aunque en Connecticut, un voto en Thornton en vez de Rell o DeStefano probablemente no cause ningún impacto en la presunta victoria de Rell, las cosas no son así en la disputa de Maryland al Senado de los EE.UU. En ese escaño abierto, el demócrata Ben Cardin está en una disputa apretada con el republicano Michael Steele. De acuerdo con las últimas encuestas, Cardin tiene una ligera ventaja, pero por lo menos una encuesta muestra un empate técnico, con cada candidato recibiendo 46% de los votos y Zeese recibiendo 3%. En Maryland, la campaña de Zeese puede ser el verdadero desempate, o como Zeese prefiere llamarlo, “competición”.

Zeese ya ha tenido algunos logros notables. Él ha logrado forjar una alianza con su candidatura Verde-Libertariana-Populista y se ha vuelto el primer candidato de tercer partido en Maryland a conseguir un escaño en los debates del Senado. Ya que él carece de fondos de campaña para emprender una campaña publicitaria completa, los debates serán críticos para el éxito de la campaña de Zeese.

“He tenido que pasar obstáculos para entrar en los debates – puede haber hasta seis de ellos - y eso es lo fundamental para toda la campaña. Tenemos que ser oídos y vistos y esto ayudará a hacer que los medios reconozcan mi candidatura”, le dijo Zeese a la Crónica. “Creo que mis números en las encuestas subirán considerablemente apenas los debates empiecen porque las personas escucharán mi mensaje”.

Le es difícil ser oído ahora. “La campaña de Zeese es invisible”, dijo el profesor de gobierno de la Universidad de Maryland, Paul Hernson. “Él no ha recibido mucha cobertura”.

Pero, dijo Hernson, con la disputa tan difícil como está, Zeese puede causar impacto. “Si esta disputa resulta muy apretada, es posible que un candidato de partido menor como Zeese pueda ser el elemento de desempate”, le dijo él a la Crónica.

Zeese puede beneficiarse con la política racial enmarañada de esta contienda. El demócrata Cardin es blanco y está intentando apelar a su base demócrata negra, que aún se pica por la victoria de Cardin sobre Kweisi Mfume en las primarias, en tanto que el republicano Steele es negro y está intentando apelar a los conservadores blancos mientras recibe el apoyo de algunos electores demócratas negros.

Zeese se está aprovechando de la cuestión de las políticas de drogas donde pueda. “En el debate de la Urban League, en mi presentación hablé sobre la necesidad de tratamiento, no la reclusión, y hablé sobre la población carcelaria”, relató. “Cuando alguien me hizo una pregunta sobre si los afroamericanos deberían apoyar a los demócratas, hablé sobre el hecho de que Maryland es el estado con más injusticia racial en el país, con 90% de los presos por delitos de drogas siendo negros. Eso les pasa por elegir a demócratas, les dije”.

Con Steele avanzando sobre Cardin, Zeese puede hacer que las cosas cambien. La única cuestión es la de quién él tiene más chances de quitar votos y eso no está claro de ninguna forma.

Dos otros reformadores importantes de las políticas de drogas, el director ejecutivo de la Drug Policy Alliance, Ethan Nadelmann, y el director ejecutivo de la Criminal Justice Policy Foundation, Eric Sterling, les dijeron a la Crónica que ellos generalmente daban la bienvenida a campañas de reformadores de las políticas de drogas por partidos terceros, aunque Nadelmann estuviera preocupado con el impacto que ellas pueden tener sobre el Partido Demócrata.

“Históricamente, los partidos terceros desempeñan un rol crucial en la legitimación de asuntos polémicos para la acción política nacional”, dijo Sterling, que fue rápido en observar que había contribuido con las campañas de Zeese y Thornton. “El Partido Republicano era un tercer partido cuando se formó y se organizó en torno de la cuestión de la abolición de la esclavitud. Los partidos terceros en los años 1920 y 1930 avanzaron las cuestiones de la administración del trabajo que fueron promulgadas en los años 1930 y 1940, las cuales ahora damos por sentado como parte del modo estadounidense de ser, como las vacaciones remuneradas y la semana de trabajo de cinco días. La idea de que haya apenas dos partidos políticos es algo propio de los Estados Unidos y no existe en la Constitución”, señaló.

“En Connecticut, los problemas de la prohibición, la criminalidad y el abuso químico han sido problemas de gran relevancia en las tres ciudades más grandes”, dijo Sterling, señalando a comisarios de la policía que van y vienen en Hartford, el actual alcalde usuario de cocaína en Bridgeport y los niveles de criminalidad históricamente altos en New Haven que mantienen relación con la prohibición de las drogas. “Dados estos antecedentes, la candidatura de Cliff Thornton, su biografía singular y su capacidad poco común de discursar poderosa y eficazmente a muchos públicos le ha permitido hablar sobre la cuestión de las drogas en Connecticut y eso ha hecho que muchas personas pensaran sobre la naturaleza de nuestro problema con las drogas, nuestros medios de abordarlo y las consecuencias de abordarlo de esa manera”.

En Maryland, dijo Sterling, hay una disputa dividida en tres y Zeese merece el apoyo si eso hace daño a la candidatura demócrata o no. “Si se acepta que hay un papel legítimo para los partidos terceros en nuestro proceso democrático, entonces no puede ser verdad que eso pase solamente cuando no hace ninguna diferencia”, debatió. “Si Ben Cardin es incapaz de movilizar a sus aliados en la comunidad afroamericana, es su culpa, no de Kevin Zeese”.

Dichas campañas “incuestionablemente valen la pena”, dijo Sterling. “Aquellos de nosotros que leen la Crónica de la Guerra Contra las Drogas comprenden que la lucha para cambiar la legislación sobre drogas en el mundo es una pelea de largo tiempo y que transformar nuestras ideas en sentido común requiere que ellas sean articuladas en los foros convencionales del debate sobre las políticas, como las campañas electorales. En Connecticut, la campaña de Thornton ha hecho más que cualquier cosa en legitimar el debate acerca de las políticas de drogas, e, incuestionablemente, eso es bueno”.

Nadelmann de la Drug Policy Alliance estaba de acuerdo, pero él planteó algunas inquietudes con las consecuencias negativas. “Si se habla sobre una disputa para gobernador, la cuestión es cómo los otros candidatos están en este problema y si esto ayuda al probable ganador a llegar a una posición mejor en las políticas de drogas o no”, dijo. “En Connecticut, Thornton está desempeñando un papel constructivo al hablar sobre las políticas de drogas y probablemente no tendrá ningún impacto sobre el vencedor. Pero, ¿será que la Gob. Rell nos confrontará con eso cuando necesitamos que firme un proyecto de marihuana medicinal o un proyecto de zonas libres de drogas?”

La ecuación es un poco diferente para los cargos legislativos, debatió Nadelmann, especialmente este año. “Está claro que la reforma de las políticas de drogas se saldrá mejor bajo un Senado y Cámara demócratas que republicanos. En Maryland, Kevin Zeese ha innovado con su coalición y eso es bueno. Lo que no se quiere que pase es que los votos en Kevin terminen yendo al candidato y al partido que son peores en las políticas de drogas”.

Reportaje: Afganistán echa a grupo que pide el opio legal – o no

El Consejo de Senlis, el instituto de consultorio europeo en desarrollo y seguridad que ha propuesto desviar el cultivo floreciente e ilegal de adormideras hacia el mercado medicinal legal, va a ser echado del país. Por lo menos, eso es lo que un puñado de artículos informó esta semana. Pero, a pesar de los informes, el Senlis no va a ningún lugar, le dijo el grupo a la Crónica de la Guerra Contra las Drogas.

El primer reportaje apareció el domingo, cuando la Pajhwok Afghan News hizo un artículo sobre la conferencia de prensa en Kabul ese mismo día con el Viceministro del Interior de Afganistán, el Teniente Daud Daud. “En una orden, el Ministro del Interior ha prohibido las actividades del Consejo de Senlis”, dijo Daud Daud de acuerdo con Pajhwok. “Las actividades del Consejo de Senlis no son útiles para nuestro país; su trabajo ha creado problemas complejos para nosotros”. Las actividades del Consejo de Senlis estaban “incentivando” a los agricultores a cultivar más adormideras, reclamó.

El lunes, la BBC hizo eco de Pajhwok con un artículo intitulado “Grupo de Drogas Recibe Orden de Salir de Afganistán”. La BBC informó que un informe reciente del grupo que criticaba al gobierno afgano por el aumento en la producción de adormideras había exacerbado las tensiones entre los políticos afganos. Como la Pajhwok, la BBC observó que el vocero del Consejo de Senlis en Afganistán negó que sus oficinas habían sido cerradas, pero no fue así que ambos órganos de la prensa intitularon el reportaje.

Por vuelta del martes, la Fars News Agency de Irán estaba informando el mismo artículo, pero con un cambio. De acuerdo con la Fars, los agentes antidrogas iraníes estaban pidiendo crédito por la supuesta expulsión del Consejo de Senlis. La agencia de noticias informó que Fada Hosein Maleki, director de la directoria iraniana antidroga, estaba afirmando que Teherán había convencido al gobierno Karzai a echar al grupo. “Declaramos nuestra oposición directa y fuerte a la idea desde el principio, en tanto que mantuvimos nuestras largas consultas con los agentes afganos, que afortunadamente resultaron en el cierre del dicho instituto en Afganistán”, afirmó Maleki.

En un vistazo revelador al periodismo iraní, la Fars informó: “Fada Hosein Maleki observó también que las actividades del Instituto ‘Senseless’ [sin sentido, insensato, necio] francés buscaban legalizar el cultivo de adormideras en Afganistán así como las graves consecuencias que dicha acción podía tener para Irán si fuera aprobada”, sin preocuparse en clarificar si Maleki o la propia agencia de noticias había decidido llamar al consejo de “sin sentido”.

En los dos últimos años, el Consejo de Senlis ha abierto oficinas en Afganistán, ha organizado la conferencia de Octubre pasado en Kabul sobre la autorización de la adormidera como parte de la industria lícita de opiáceos medicinales, ha publicado pesquisas importantes sobre aspectos numerosos del dilema de la adormidera afgana, ha empezado un programa de tratamiento químico junto con la Cruz Roja italiana y el Creciente Rojo afgano y ha sido altamente crítico del abordaje de los EE.UU. y de la OTAN al Afganistán. Su propuesta de autorización del opio en particular ha creado preocupaciones entre algunos gobiernos occidentales y algunos sectores del gobierno afgano.

La Cámara Alta (Meshano Jirga) de Afganistán había exigido antes que el Consejo de Senlis fuera proscrito. Después de la rueda de prensa del Teniente Daud Daud, otros funcionarios afganos apoyaron la decisión, con el Ten. Kudai Dad diciéndole a la Pajhwok que el Consejo de Senlis estaba alentando a los agricultores de adormidera a creer que sus cultivos pueden ser legalizados.

Pero la cosa es menos complicada de lo que parece. “El Consejo de Senlis no ha sido prohibido de realizar sus actividades en Afganistán”, dijo Jane Francis, directora de comunicación del grupo en París. “El Consejo recibió una carta del Ministro del Interior de Afganistán que decía que no deberíamos meternos en actividades ‘contrarias a la constitución de Afganistán’. El Consejo Senlis es una institución de pesquisa y un instituto de consultoría y esta consideración nunca ha hecho nada inconstitucional en Afganistán”, le dijo ella a la Crónica de la Guerra Contra las Drogas el jueves.

Defender la legalización del cultivo de adormideras a través de un esquema de autorización de su venta en mercados medicinales lícitos no es mencionado en la Constitución Afgana. El Artículo 34 (Capítulo 2, Artículo 13), con todo, dice que “la libertad de expresión es inviolable”.

Francis del Consejo de Senlis también criticó los comentarios del Ten. Daud Daud que le echaba la culpa por el aumento en el cultivo de adormideras, que ha tenido un alza histórica de 6.100 toneladas de adormideras este año. “El Consejo de Senlis no es responsable de ninguna manera por el aumento en el cultivo de adormideras”, dijo. “El cultivo de adormideras ha estado en alza desde la llegada de la comunidad internacional en Afganistán. El aumento de este año es apenas una continuación de esta situación. El cultivo de adormideras ha aumentado porque la gente está empobreciendo cada vez más y en muchas áreas ésa es la única manera de sobrevivir. Irónicamente, la estrategia antinarcóticos de erradicación de cultivos liderada por los EE.UU. ha contribuido con esta pobreza y ha creado una intensificación de la necesidad de cultivar adormideras – la gente tiene que compensar el dinero que ha perdido debido a la erradicación de sus cultivos, entonces las cultivan nuevamente – y más de ellas”.

Con el Talibán en alza, el cultivo de adormideras tambaleando y sin electricidad confiable en la capital cinco años después que los estadounidenses invadieron, puede ser que los políticos afganos estén buscando una cabeza de turco – y hablando un poco más de lo que pueden cumplir. El Ministerio del Interior manda lo que solamente puede ser una carta de aviso al Consejo de Senlis, pero su viceministro exagera lo que dice, la prensa local informa sus comentarios, la prensa internacional los recoge y nace un reportaje equivocado. Parece claro que si las autoridades afganas quieren una cabeza de turco para el estatus quo, tendrían mejores resultados mirándose en el espejo que señalando con el dedo a una organización europea inteligente que tiene abordajes innovadores al dilema del opio.

Editorial: Los Allanamientos Antidrogas como Campañas Publicitarias y Electoreras Financiadas por los Contribuyentes

David Borden, Director Ejecutivo, 20 de Octubre de 2006

https://stopthedrugwar.org/files/borden12.jpg
David Borden
Hoy día, uno de los artículos era un informe de Colorado de una enorme redada de marihuana. El gabinete de la DEA y la Fiscalía de Denver anunciaron que habían capturado a 38 traficantes y realizaron una rueda de prensa para jactarse de eso.

La ocasión fue cuestionada por el grupo Safer Alternative for Enjoyable Recreation (SAFER), los defensores de una iniciativa de legalización de la marihuana en las elecciones estaduales del próximo mes. El comunicado de prensa de SAFER llamó la conferencia de prensa de “un evento político orquestado”, implicando que, en realidad, al escenificar esta aprehensión a esta altura y darle publicidad, los guerreros antidrogas locales estaban intentando influenciar las elecciones que empiezan 19 días después, con la votación anticipada empezando apenas cuatro días después. (La SAFER también señaló que hay listados en Denver para por lo menos 347 traficantes de alcohol – una droga más peligrosa que la marihuana de acuerdo con la SAFER y según cualquier otra lectura razonable científica sobre la cuestión.)

En mi opinión, la opción del momento abre sospechas sobre la motivación de los impositores. ¿Los agentes de Colorado usaron el pretexto de una redada de drogas para conducir en realidad una campaña mediática/publicitaria/electorera a costa de los contribuyentes (así como a costa de la gente presa)?

Si ése fuera el caso, no sería la primera vez que algo así sucede. En 1991, me dicen, el tribunal federal en Charlottesville, Virginia, corría el riesgo de ser cerrado por motivos presupuestarios, siendo que sus operaciones serían incorporadas a otras instalaciones cercanas. Entra la “Operación Equinoccio” [Operation Equinox], que presenció la detención de 12 integrantes de una fraternidad bajo acusaciones de delitos de drogas. El tribunal tuvo publicidad y una aparente razón de ser y actualmente sigue vivo y prosperando.

Este año en California, ellos fueron francos y dijeron lo que estaban haciendo. Un comunicado de prensa de Julio del gabinete del Fiscal General Locklyer sobre cómo “44 destacamentos liderados por la Agencia de Represión a los Narcóticos del Departamento de Justicia de California... arrestaron a por lo menos 115 individuos y confiscaron por lo menos $11,9 millones en drogas como parte de una barredura de un día de la criminalidad en todo el país”, declaró que la operación “promovió la continuación de la financiación del programa Subvenciones Byrne de Asistencia a la Justicia que apoya la ley antidroga municipal y estadual. El programa financiado federalmente ha sufrido cortes profundos durante los últimos años”.

En el negocio de la abogacía, cuando presentamos eventos publicitarios que esperamos que afecten el proceso legislativo, eso es considerado hacer presión. ¿Estos 38 ciudadanos de Colorado, 115 de California y los 12 integrantes de fraternidad de la UVA y los demás en numerosas otras ocasiones eran peones en los juegos políticos jugados por la gente que detiene el poder de encarcelar? Eso puede ser difícil de probar, pero está bien claro que esa dinámica existe y a veces no es tan difícil de probarla. De hecho, el fiscal que busca procesos de alta visibilidad y grandes números de condenaciones para incrementar su carrera política es una criatura famosa y una de las más poderosas en el gobierno.

Esperemos que esta táctica odiosa salga por la culata de los agentes de Colorado -- ¡el 07 de Noviembre!

Editorial: Drug Busts as Taxpayer-Funded Media Lobbying/Electioneering Campaigns

David Borden, Executive Director, 10/20/06

https://stopthedrugwar.org/files/borden12.jpg
David Borden
One of the news items today was a report from Colorado of a major marijuana bust. The Denver DEA office and District Attorney announced they had roped in 38 dealers, and held a press conference to brag about it.

The timing was questioned by the group Safer Alternative for Enjoyable Recreation (SAFER), the sponsors of a marijuana legalization initiative on next month's statewide ballot. SAFER's press release called the press conference "an orchestrated political event," implying that the local drug warriors by staging this bust at this time and publicizing it were really trying to influence an election starting 19 days later with early voting starting only four days later. (SAFER also pointed out that there are listings in Denver for at least 347 dealers of alcohol -- a more dangerous drug than marijuana according to SAFER and according to any reasonable reading of the science on the issue.)

In my opinion the timing does indeed cast suspicion on the enforcers' motivation. Did Colorado narcs use the pretext of a drug bust to in reality conduct a media/lobbying/electioneering campaign at the expense of the taxpayer (as well as the expense of the people busted)?

If so, it wouldn't be the first time such a thing happened. In 1991, I'm told, the federal courthouse in Charlottesville, Virginia, was in danger of being shut down for budgetary reasons, its operations to be merged into other nearby facilities. Enter "Operation Equinox," which saw 12 fraternity brothers taken down on drug charges. The court got publicity and an apparent reason for being, and is alive and thriving today.

In California this summer they actually came right out and said what they were doing. A July press release from Attorney General Lockyer's office about how “44 task forces led by the California Department of Justice’s Bureau of Narcotic Enforcement... arrested at least 115 individuals and seized at least $11.9 million worth of drugs as part of a one-day nationwide crime sweep," stated that the operation “promoted the continued funding of the Byrne Justice Assistance Grant program that supports local and statewide drug enforcement. The federally funded program has suffered deep cuts over the last few years.”

In the advocacy business, when we stage media-worthy events that we hope will affect the legislative process, it's considered lobbying. Were these 38 Coloradans, 115 Californians, the 12 UVA frat boys and others on numerous other occasions really pawns in the political games played by people who hold the power to incarcerate? That can be hard to prove, but it's pretty clear that that dynamic exists, and sometimes it isn't that hard to prove. Indeed, the prosecutor who seeks high-profile prosecutions and large numbers of convictions to bolster his or her political career is a well known creature, and one of the most powerful in government.

Let's hope this odious tactic backfires on Colorado's narcs -- on November 7!

Drug War Issues

Criminal JusticeAsset Forfeiture, Collateral Sanctions (College Aid, Drug Taxes, Housing, Welfare), Court Rulings, Drug Courts, Due Process, Felony Disenfranchisement, Incarceration, Policing (2011 Drug War Killings, 2012 Drug War Killings, 2013 Drug War Killings, 2014 Drug War Killings, 2015 Drug War Killings, 2016 Drug War Killings, 2017 Drug War Killings, Arrests, Eradication, Informants, Interdiction, Lowest Priority Policies, Police Corruption, Police Raids, Profiling, Search and Seizure, SWAT/Paramilitarization, Task Forces, Undercover Work), Probation or Parole, Prosecution, Reentry/Rehabilitation, Sentencing (Alternatives to Incarceration, Clemency and Pardon, Crack/Powder Cocaine Disparity, Death Penalty, Decriminalization, Defelonization, Drug Free Zones, Mandatory Minimums, Rockefeller Drug Laws, Sentencing Guidelines)CultureArt, Celebrities, Counter-Culture, Music, Poetry/Literature, Television, TheaterDrug UseParaphernalia, Vaping, ViolenceIntersecting IssuesCollateral Sanctions (College Aid, Drug Taxes, Housing, Welfare), Violence, Border, Budgets/Taxes/Economics, Business, Civil Rights, Driving, Economics, Education (College Aid), Employment, Environment, Families, Free Speech, Gun Policy, Human Rights, Immigration, Militarization, Money Laundering, Pregnancy, Privacy (Search and Seizure, Drug Testing), Race, Religion, Science, Sports, Women's IssuesMarijuana PolicyGateway Theory, Hemp, Marijuana -- Personal Use, Marijuana Industry, Medical MarijuanaMedicineMedical Marijuana, Science of Drugs, Under-treatment of PainPublic HealthAddiction, Addiction Treatment (Science of Drugs), Drug Education, Drug Prevention, Drug-Related AIDS/HIV or Hepatitis C, Harm Reduction (Methadone & Other Opiate Maintenance, Needle Exchange, Overdose Prevention, Pill Testing, Safer Injection Sites)Source and Transit CountriesAndean Drug War, Coca, Hashish, Mexican Drug War, Opium ProductionSpecific DrugsAlcohol, Ayahuasca, Cocaine (Crack Cocaine), Ecstasy, Heroin, Ibogaine, ketamine, Khat, Kratom, Marijuana (Gateway Theory, Marijuana -- Personal Use, Medical Marijuana, Hashish), Methamphetamine, New Synthetic Drugs (Synthetic Cannabinoids, Synthetic Stimulants), Nicotine, Prescription Opiates (Fentanyl, Oxycontin), Psilocybin / Magic Mushrooms, Psychedelics (LSD, Mescaline, Peyote, Salvia Divinorum)YouthGrade School, Post-Secondary School, Raves, Secondary School